"Encendiendo el fuego que me pone a temblar"
Passaram-se três semanas desde o fatídico jantar de negócios entre Anahí e Alfonso.
Na manhã seguinte do jantar, Anahí conseguiu acordar cedo e sair da casa de Alfonso sem acorda-lo e sem ser vista por Ruth ou Dulce. Foi um golpe de sorte também conseguir passar despercebida na sua própria casa, era final de semana, seus pais sempre dormiam até mais tarde mas tinham um verdadeiro faro apurado para sentirem a ausência dela na casa.
Nos dias seguintes, começaram as cenas do teatro aos poucos. Primeiro começaram a se cumprimentar cordialmente nos corredores da escola, depois um ou outro abraço na frente de grupos específicos de alunos e por fim, foram vistos juntos em restaurantes da cidade. Todos já especulavam o que podia estar acontecendo entre eles enquanto ambos estavam focados em combinar todos os detalhes do suposto namoro para que nada desse errado.
Alfonso ainda não tinha tido coragem de falar sobre seu pai e sobre o favor que precisava dela. Anahí se mostrava tão forte na frente dele, estava evitando falar sobre sua relação com os próprios pais e Alfonso acreditou que ainda não era o momento de falar sobre algo tão íntimo mesmo que a situação o preocupasse muito. Primeiro porque não eram de fato namorados e segundo porque ainda não tinha falado sobre o divórcio dos pais com ninguém – nem mesmo com a própria irmã – e não se achava pronto para fazer isso em voz alta.
Desde que tudo começou, Anahí estava lidando com uma Maite inquieta e curiosa. Ela já havia pego no ar que acontecia algo entre a amiga e Alfonso e por mais que insistisse, Anahí nunca parecia estar disposta a falar sobre. Haviam se aproximado muito nessas últimas semanas e até certo ponto, Anahí não precisava mais fingir gostar da companhia de Maite. Estavam se dando bem e para serem de fato amigas faltava apenas um item: Confiança.
E graças as mágoas que carregavam, Anahí não confiaria nem tão cedo.
Na manhã de uma quarta feira, Alfonso viu Anahí entrar na escola e parou para abraça-la como estava sendo de costume, só que dessa vez depositou um beijo em sua bochecha, acenou para Maite e seguiu para os armários tão rápido quanto surgiu, o que deixou a morena boquiaberta e confusa.
– Ok, você precisa me dizer o que está acontecendo entre vocês.
Maite se pôs à frente da amiga praticamente a interrogando. Ela sabia que algo acontecia, imaginava o que podia ser e questionava Anahí mas não recebia nenhuma confirmação. Dentro de sua mente acelerada já havia criado várias teorias mas não ousou expô-las, a grande Puente já havia aguentado coisas demais por conta das teorias da conspiração que criavam a seu respeito e Maite não estava disposta a insistir no erro que já cometeu, por isso, buscava as respostas diretamente.
– Eu já te disse várias vezes, nada demais.
– O que você entende por "nada demais"? – Maite questionou – Consigo ver de longe a química de vocês e bom, eu já consegui sentir faíscas no ar desde o dia em que se viram aqui na escola, parecia que vocês se conheciam de outras vidas.
– Mas a gente já se conhecia. – Anahí disse e saiu andando na frente para deixar Maite curiosa.
– O quê? Em outras vidas? Você é médium?
– Meu Deus, Maite! – Ambas riram disso, a pequena Perroni havia genuinamente acreditado por alguns minutos nessa teoria – Quis dizer que nós nos conhecemos no dia que cheguei a cidade, não aqui na escola.
– Uau, sua safada! Seja mais especifica e me conte a fofoca toda, por favor.
– Eu fui para aquela boate no subúrbio no dia que cheguei em Jardín de La Luna e o vi lá, só isso.
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Anahí
FanfictionAnahí: Significa "aquela que tem a voz doce" Segundo a lenda, esse era o nome de uma índia que estava sendo queimada mas foi transformada em uma flor - a flor da árvore de Ceibo. Nossa Anahí tem uma história parecida com a da lenda mas, ao invés de...