I Heard Your Voice In A DreamMaria Luiza entrou no hospital familiar, tendo visitado o mesmo todos os dias nos últimos seis anos. Agarrada na pasta preenchida com papéis da pesquisa que tinha feito na noite anterior; chame-a de obsessiva, mas ela sabia tudo o
que havia para saber sobre o câncer.Quando sua mãe foi diagnosticada pela primeira vez quando Maria Luiza tinha 11 anos, ela ainda estava inconsciente da condição potencialmente fatal. Ela só sabia que sua mãe estava doente no momento, ela simplesmente não sabia a gravidade. Mas, quando Maria Luiza tinha 13 anos e quase perdeu sua mãe para a doença assassina, foi quando ela entrou em ação. Ela passou inúmeros dias em seu computador e na biblioteca preenchendo seu cérebro com cada informação que havia para saber sobre câncer de mama. Ela até escreveu trabalhos de pesquisa, ela estava obcecada com isso. Logo depois, ela expandiu seu conhecimento e aprendeu mais sobre outros tipos de canceres e tumores.
Ela fez isso por uma razão: ter sua mãe viva.
Maria Luiza amava sua mãe, a adorava até. A ideia de sua mãe possivelmente não estar por perto a aterrorizou, ela passou noites lutando para dormir porque a ideia de nunca ter a chance de dizer adeus a sua mãe a deixou paranoica. Toda vez que ela ia para algum lugar que não era o hospital perto de sua mãe, ela temia que se a perdesse não teria a chance de dizer adeus.Por mais que ela adorava dançar, cantar, atuar e adorar Beyoncé, sua vida girava em torno de sua mãe. Talvez um pouco demais. Muitas vezes, ela passava seu dia pesquisando possíveis tratamentos para sua mãe e consultando sua médica em vez de sair com suas amigas ou frequentar a aula de dança. Mas se isso significasse passar mais tempo com sua mãe, ela faria o sacrificio. Porque o tempo era algo que Maria Luiza apreciava profundamente.
Ela bateu na porta do quarto de hospital. Sua mãe não estava em casa há dois anos, e é desnecessário dizer que isso a deixava triste. Maria Luiza colocou a cabeça para dentro do quarto e sua mãe estava dormindo no momento, uma enfermeira verificando seus sinais vitais. Ela sorriu suavemente para a vista; mesmo que sua mãe estivesse doente, magra, com olheiras sob os olhos e nenhum cabelo na cabeça, ela ainda parecia linda aos olhos de Maria Luiza. Como sua sábia mãe diz, "Quando alguém mostra o coração e alma para você, eles são ainda mais bonitos do que qualquer outra pessoa no mundo". E sua mãe sempre mostrou isso a ela.
Entrando no quarto, ela ouviu o sinal sonoro do monitor do coração que a mantinha sã. Isso significava que ainda havia vida em sua mãe, e esse som era o som mais reconfortante que ela já ouviu.
A enfermeira se virou para Maria Luiza e sorriu educadamente. - Olá. - Maria Luiza retornou o gesto, se virando para olhar novamente para sua mãe, Como ela está? - Ela perguntou suavemente
-Melhor do que a maioria dos dias eu suponho. - A enfermeira suspirou calmamente. - Ela comeu um pouco hoje, surpreendentemente já que ela teve quimioterapia esta manhã.
Maria Luiza colocou sua mão quente na de sua mãe e se ajoelhou ao lado dela, sentindo a ponta dos dedos frios como sempre. - É melhor do que nada, eu acho. - Ela encolheu os ombros.
A enfermeira sorriu tristemente, balançando a cabeça para a pasta nas mãos de Maria Luiza. Tem um novo material para mostrar a Dra. Rivera?
Maria Luiza olhou para a pasta e assentiu. - Sim, é um tratamento clínico que eu li em um estudo que encontrei online. Eu acho que poderia realmente ajudar minha mãe já que a quimioterapia não está sendo tão bem sucedida desta vez... - ela explicou brevemente.
A enfermeira acariciou o ombro da garota. - Bem, eu tenho certeza de que a Dra. Rivera ficará fascinada com o que você tem para mostrar a ela. - Ela assegurou a garota mais nova. - Ela sempre está falando sobre você e como ela vê muito potencial em você.
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I Heard Your Voice In a Dream
FanfictionNova em Nova Iorque, a artista peculiar, Carolyna Borges descobre o que realmente significa lançar luz a alguém. Especialmente quando esse alguém é uma menina cega, Priscila Caliari. Ela é um mistério sobre si mesma, e Carolyna está determinada a qu...