Capítulo X

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Dedicado à: @JamillyD
À minha linda amiga que, desconta sua raiva nas lindas canetinhas! Kkkk's, te amo miga! Este capítulo é espelhado em você!
Ass: Thainá Lopes!

Acordo com vozes sussurrando no canto do meu quarto, logo identifico elas, são do Tyler ou Tony sei lá e da tia Lucinda. Finjo que ainda estou desmaiada e tento ouvir o que falam.

- Lucinda...
- Que isso pode me chamar de Tia Tyler!
- Então tá... Tia eu fui horrível com a Vivianne, - POIS É! (penso) - Eu a enganei usando o nome Tony, era para eu ter contado a verdade! Eu sou um imbecil mesmo, e olha como ela está agora! Desmaiada, do choque que levou por minha causa, ela gostava muito do Tony! Mas... Eu não sou ele Lucinda, ele foi um mero "personagem" da minha história, o Tyler de verdade é um cafajeste que só faz dormir com as garotas e fumar maconha! - Ele é bem discreto né? ( sintam a ironia ) - Eu quis ser uma pessoa diferente por quatro dias, quis ser um amigo legal... Mas eu sou um vagabundo! Lucinda você e a Vivianne não me conhecem, e ela tinha razão em dizer, que o Tony era outro por que era outro!

Diz Tyler simplesmente.

- Mas Tyler você é um garoto bom...

Diz Lucinda querendo ser a Madre Tereza.

- Como eu disse vocês não sabem quem sou de verdade, o que fiz após a morte de meu pai... Eu sempre fui independente, nunca precisei do meu pai, pois ele sempre estava com a outra filha dele, a Vivianne!

Diz Tyler falando tipo enjoado o meu nome!

Ouço um som da porta sendo aberta e bruscamente fechada. Abro os olhos de vagar, percebo que estou sozinha, Finalmente, sento na cama, sinto a ficha final cair... Eu tenho um meio irmão, e... Senti uma raiva incontrolável , E meu pai traiu minha mãe... Lágrimas de puro ódio desciam do meu rosto.

Eu odeio minha vida!

Uma vontade imensa de gritar me atingiu, mas não posso gritar, pois todos iram me ouvir, e quero sofrer sozinha, quero lidar com esse sofrimento que parece não ter fim!

Quero quebrar alguma coisa que irá trazer prejuízos depois, mas o que tenho ao meu alcance são apenas minhas canetas. Abro minha mochila, pego meu estojo e vejo minhas canetas, sem pensar duas vezes começo a quebra-las...
como seria maravilhoso se meus problemas pudessem ser quebrados e depois descartados como aquelas canetas...
Eu as quebrava com tanta força que alguns cacos cortavam minha mão.
Após quebrar todas, começo a desacelerar minha respiração, olho para minha mão e percebo que à um corte não muito grande, mas arde e sai um pouco de sangue. Pego minha lâmina e faço um corte em meu braço, fico olhando a lâmina passar com delicadeza sobre minha pele mas, ao mesmo tempo com destreza, o sangue "derrama" pela minha pele clara destacando mas o corte. A porta abre calmamente, que droga!

Se eu for contar quantas vezes alguém abre a merda da porta quando estou cortado... Menos Vivianne só foi duas vezes!

Olho para a porta e vejo a Lucinda me olhando de boca aberta, ela olha para mim e para a lâmina.

Lucinda para de drama, é só uma lâmina e uma garota depressiva em perfeita harmonia - penso com ironia- .

- V-Vivianne o que você esta fazendo com essa lâmina? E esse sangue todo?

Olho pro chão e vejo que esta cheio de sangue, olho para minha mão e vejo que fiz um corte enorme!

- Ops! - Falo.

Lucinda fechou a porta, me puxou para o banheiro, fez um curativo sem falar um Piu! Ela limpou o sangue e saiu do quarto sem mais nem menos. Olho para cama a para pegar minha lâmina... Hã?
Onde está minha lâmina... Lucindaaa!

Cicatrizes da RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora