Capítulo XXII

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Adam 

  Ouço o celular tocar lá da cozinha.

Vivianne ainda não se tocou que não quero falar com ninguém agora? 

 Minha cabeça lateja, neste momento não sei mais o que pensar. Vou até a cozinha, pego o celular, para dizer mais uma vez para a Vivianne que nós acabamos, mas me surpreendo ao ouvir a voz da Lucinda, ela está com a voz trêmula que parecia choro. 

 - Adam você tem que ir para o Hospital agora! - Ordena ela em um tom elevado. 

 - Lucinda se acalma... O que ouve? - Pergunto tentando acalma-la, pois ela não falava coisa com coisa. 

- A Vivianne sofreu um acidente em quanto descia as escadas... Vem para cá agora, eu te explico melhor depois! Anota o endereço do Hospital.

Minha mãe me olha da sala sem entender o motivo da minha cara de preocupação. 

 - O que ouve querido? - Pergunta indo até mim. Conto tudo rapidamente para ela, que põe a mão na boca assustada, saio de casa com minha mãe, pois ela insistiu em ir comigo. 

 Chegamos ao Hospital, vimos Lucinda, Hugo, Tyler, Thayanne e o Eduardo. 

 - Graças a Deus você chegou! - Fala Lucinda me abraçando. 

 - O que ouve? - Pergunto preocupado. 

Quando ela estava prestes a me tornar a  par da situação, Tyler se levantou e me parecia irado.

 -É tudo culpa sua! Quer saber o que aconteceu com ela? - Tyler cuspia as palavras na minha cara. -Depois que você saiu, ela se trancou no quarto e então se embebedou, decidiu ir atrás de você ou algo do tipo, a Vivi de tão bêbada caiu da escada, bateu a cabeça com força! AGORA A MINHA ÚNICA FAMÍLIA ESTÁ EM ESTADO DE VIDA OU MORTE POR SUA CAUSA! - Rosna Tyler. 

- Ele não teve culpa, pare com isso! - Fala Lucinda pondo a mão no ombro do Tyler.

- Esse verme tem toda a culpa do mundo! Ele sabe perfeitamente que a Vivi não seria capaz de trair ninguém, mas ele foi tão idiota a ponto de fazer aquela porra toda! 

- Eu tenho culpa sim, mas... -Tyler me impediu com um soco na cara. Confesso que eu não esperava. 

- Se a minha irmã morrer, você vai pagar pelo resto da sua vida miserável! - Tyler fala e sai do Hospital com os punhos cerrados. Cinto o gosto do sangue escorrendo em minha boca, engulo as lágrimas de arrependimento, sento ao lado do Hugo que nem olha para a minha cara. 

Tudo foi minha culpa, o Tyler tem toda razão, Vivianne nunca me trairia. 

Fui um idiota e fiz aquela cena de ciúme, na qual como consequência pode custar a vida da mulher que eu amo.

Se a Vivianne morrer, eu nunca vou me perdoar... 

Aliás não sei nem como vou suportar viver sem ela. 


 Deixo os meus pensamentos de lado ao ver o médico. 

Cicatrizes da RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora