Nosso "relacionamento" estava indo bem para a minha surpresa. Eu e Lana nos víamos quase toda noite em sua casa, pois eu ainda sentia certa vergonha de leva-la para conhecer meu apartamento. O Nirvana estava gravando um novo disco, por isso não tinha tempo de arruma-lo.
Nós transávamos a noite inteira. Eu estava simplesmente viciado naquela mulher. Nós também conversávamos sobre muitas coisas, mas eu ainda falava mais do que ela.
Mesmo depois de descobrir tudo aquilo do passado de Lana/Lizzy/Beladona/Elizabeth Carmen Grant (eu ainda não sabia ao certo como chama-la) ela continuava um tanto distante. Jamais falava absolutamente nada sobre sua família ou sua infância e se recusava a conhecer a minha família ou ser apresentada como namorada.
Vê-la tão próxima e tão distante ao mesmo tempo me deixava absolutamente frustrado, pois sentia que faltava pouco para ela ser completamente minha, sem segredos e nem mentiras. Mas Lana simplesmente piscava seus lindos olhos caricatos e me fazia esquecer-me de tudo.
- Então Lana como eu devo chama-la mesmo? – Perguntei descontraído enquanto ela preparava nosso jantar em sua cozinha.
- Pode me chamar de Lizzy ou Elizabeth. – Ela respondeu virada de costas enquanto cortava alguma coisa. – Ou pode continuar a me chamar de Lana. Tanto faz.
- E Carmen? Carmensita? – Eu estava rindo ainda descontraído, mas ela pareceu desconfortável.
- Não. – Ela respondeu rígida.
- Por que não?
- Por que não. – Ela simplesmente me deu essa fala infantil e logo em seguida mudou de assunto.
Lana era mestra em desviar de minhas perguntas, a deusa da manipulação me distraía mudando de assunto ou fazendo outras coisas (num tom malicioso) e eu era um completo subordinado aos seus encantos. Ela tinha total controle sobre mim e sabia disso.
~ ♥♠♣♦ ~
Numa noite qualquer eu estava decidido finalmente a confronta-la. Decidi que não deixaria ela me manipular ou mudar de assunto.
- Sabe, Lana, eu estava pensando... – Comecei a puxar o assunto quando estávamos deitados. – Quando vou poder conhecer sua família?
Sua postura mudou completamente.
- Eu não tenho família. – Ela me respondeu completamente na defensiva.
- Como não tem família? O que aconteceu?
- Hey, Krist, o que acha de assistirmos um filme? – Ela começou com aquele joguinho de me distrair, já com a mão sobre a minha cocha, mas eu estava decidido a arrancar a verdade dela.
- Não quero ver nenhum filme. Hoje estou a fim de conversar. - Falei firme retirando a mão dela da minha perna antes que pudesse subir mais e tirar o meu foco.
- Mas eu não estou a fim de conversar. - Foi ríspida e direta.
- Ah, Lana. – Eu disse a abraçando numa tentativa de passar confiança. – Não importa o que aconteceu, você sabe que eu...
- E por isso que você não deve saber. – Ela se desfez de meu abraço. - Eu não quero falar sobre isso.
- Não pode ser tão ruim assim. – Eu falei sem pensar.
- Como você ousa? Não julgue sem saber da verdade!
- Então me conte a porra da verdade! - Eu explodi.
- Krist, você não vai querer ouvir, acredite, você não quer ver todas as coisas que eu vi. - Ela estava gélida de tão fria. - Ninguém sabe o que se esconde dentro da minha cabeça e eu quero assim.
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Bad Desire
FanfictionDois homens surgem na vida de Lana. Um novo amor, baixista de uma banda de muito sucesso e um velho amor, líder da Gangue de motoqueiros mais temida dos Estados Unidos. Gangue esta que Lana e sua amiga já fizeram parte na adolescência. Mas existe u...