CAPÍTULO TREZE
o tempo não para de correr"𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒈𝒓𝒆𝒅𝒐𝒔 𝒇𝒐𝒓𝒆𝒎 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒆 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒏𝒐́𝒔 𝒑𝒊𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒐 𝒄𝒆́𝒖, 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒊𝒓𝒂́ 𝒔𝒆 𝒍𝒆𝒎𝒃𝒓𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒎𝒊𝒎."
Mercury percebeu que já estava tarde demais e que precisava ir embora daquela festa quando a proximidade entre ela e o parapeito do andar acima da festa era maior que a dela e Regulus. Pairava entre os dois aquela sensação absurda de eletricidade, ao mesmo tempo que seus corpos pareciam ser atraídos um pelo outro, talvez se eles se tocassem uma chuva de raios pudesse acontecer e era melhor que ela sumisse antes de correr o risco. O Salão Comunal estava deveras vazio, ainda era cedo o suficiente para que a maioria dos alunos permanecesse na festa, por isso aproveitou para tomar um banho quente e guardar o vestido com muito cuidado.
Não pôde evitar os pensamentos que estavam impactando a sua cabeça desde o segundo em que deitou no travesseiro até o momento que finalmente conseguiu fechar os olhos. Mercury dormiu pensando em Regulus e se odiando por isso.
No outro dia ela esperava ficar jogada na cama até ficar cansada de tanto descansar, mas foi tirada de seu quarto por muitas vozes animadas desafiando a barreira do som ao cantar gritos de guerra. Ela quase havia esquecido que naquele dia aconteceria um jogo de quadribol entre Sonserina e Grifinória, geralmente eram os jogos mais animados por conta da rivalidade e parecia que mesmo em anos no passado ela já existia. Ela vestiu um suéter de sua casa, tentando entrar no clima e se arrumou rápido até demais. Os cabelos ainda estavam formando a trança que usou no dia anterior e ela se manteve assim, um pouco mais bagunçada.
Seguiu os alunos entre os corredores imensos e foi sozinha até o campo de quadribol, aproveitando o restante de silêncio que teria e chutando algumas pedrinhas no caminho. De longe percebeu que estava sendo seguida por Helio que sugeriu a Mercury que ela se sentasse perto dele. E assim o fez, quando chegaram lá ainda havia bastante espaço, o suficiente para que ela ficasse junto de seu tio e mais tarde ao lado de Audrey. A garota estava visivelmente cansada depois da noite anterior, contou que foi embora quando o dia já havia amanhecido e os fantasmas já estavam exigindo o salão de volta.
— Não acredito que inventaram de fazer a festa um dia antes do jogo de quadribol. — Audrey disse. — É claro que eles não vão desempenhar o melhor jogo se ainda estiverem andando como mortos-vivos.
— Talvez fosse essa a intenção. — Mercury brincou.
Ela viu quando Mileto sobrevoou o campo em sua vassoura, os olhos cerrados por conta da luz do sol vigiavam os alunos nas arquibancadas abaixo dele. As cores das casas manchando os rostos dos torcedores fervorosos que cantavam músicas desafiando os oponentes, incitando aquela rivalidade intrínseca dos jogos de quadribol. Fosse no passado ou no presente, torcer para o seu time sempre era igual. Monarch levantou o braço musculoso e acenou para seus amigos, sorrindo com aqueles dentes perfeitos é arrancando suspiros. Helio não poderia estar mais animado, vestindo uma de suas bandanas vermelha e amarela, com seus gritos de guerra e aquele brilho nos olhos.
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OUTSIDER • regulus black
FanfictionFORASTEIRA | "o viajante no tempo se entrega a existir sem laços, mas não sem sentido." Mercúrio é um elemento químico, um planeta e também um deus da mitologia romana... mas há uma única coisa que ninguém sabe sobre MERCURY CLEMENT, ela é uma viaja...