• DEZESSEIS •

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CAPÍTULO DEZESSEIS
correio do tempo

"𝑰𝒔𝒔𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂𝒊́𝒔𝒐, 𝒐𝒖 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒐 𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐. 𝑬𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒆𝒍𝒂 𝒂𝒄𝒆𝒏𝒅𝒆𝒖 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒆 𝒎𝒆 𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒐𝒖 𝒐 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒐."

Regulus não recebeu resposta sequer vinda de seus pais, nem um telegrama desaforado ou uma lista de castigos que ele receberia quando chegasse em casa por conta do que fez

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Regulus não recebeu resposta sequer vinda de seus pais, nem um telegrama desaforado ou uma lista de castigos que ele receberia quando chegasse em casa por conta do que fez. De certa forma, permanecer no silêncio era mil vezes pior do que desvendar a reação de seus pais... era como as cobras quando se preparavam para caçar, silenciosas, traiçoeiras e imprevisíveis. Mas cancelar um noivado definitivamente não estava entre os crimes que ele deveria evitar cometer — e não eram poucas as opções —. E, claro, ele tinha em suas mãos algo que seus pais não poderiam desgostar: uma namorada mentirosa de sangue-puro.

Bem, ele não sabia exatamente quem eram os pais dela, mas saber que ela carregava o nome de uma das grandes famílias do mundo bruxo já era um excelente começo.

E estranhamente, ele ainda estava tranquilo com a falta de respostas, ao menos seus pais não poderiam expulsar mais um dos filhos para fora de casa ou todos poderiam constatar definitivamente que o fim da Casa Black estava mais próximo do que imaginavam. Assim, sem ser respondido, seguiu os dias normalmente, escondendo-se por trás daquela máscara que haviam acabado de criar, escorregando por entre as possibilidades e perguntas sem respostas.

Eles não faziam muito, andar à uma distância acusadoramente próxima por entre os corredores, ou quando suas mãos estrategicamente perto demais uma da outra quase se tocavam, eram sinais suficientes para distribuir os comentários por aquela escola inteira. Melhor ainda, quando acompanhavam um ao outro nas aulas e a turma inteira observava quando um deles pedia uma pena emprestada, ou passava bilhetinhos aparentemente apaixonados — que na maioria das vezes estavam em branco —. Já havia se tornado rotina aquele tipo de coisa, os carinhos velados e a impressão de que eles eram amáveis em segredo.

Se a possibilidade de um beijo era mais instigante que o ato em si, aquelas demonstrações dissimuladas levariam os outros à loucura. O álibi perfeito.

Naquela manhã, depois da primeira ronda do dia e de receber de Professor Slughorn suas obrigações do dia, um Regulus obstinado fez seu caminho de volta ao Salão Comunal. Os quadros que já estavam acordados o acompanharam, apenas os olhos se mexendo como naqueles livros de terror escritos para assustar criancinhas. O sol já estava iluminando o lago quando ele finalmente chegou, a sala permanecia tão vazia quanto no momento em que ele saiu, mais cedo do que o horário dos outros alunos, como o esperado para os Monitores.

OUTSIDER • regulus blackOnde histórias criam vida. Descubra agora