• DEZ •

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CAPÍTULO DEZ
uma moeda por seus pensamentos

"𝑬𝒔𝒔𝒆 𝒆́ 𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒐́𝒔 𝒄𝒐𝒔𝒕𝒖𝒎𝒂́𝒗𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒂𝒎𝒂𝒓? 𝑬𝒔𝒔𝒆 𝒆́ 𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓 𝒄𝒐𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒐 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒂𝒅𝒐?"

Mercury cruzou as pernas, as mãos entrelaçadas pousadas nelas quando Madame Pomfrey saiu mais uma vez depois de lhe enfiar mais poções de gosto péssimo goela abaixo

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Mercury cruzou as pernas, as mãos entrelaçadas pousadas nelas quando Madame Pomfrey saiu mais uma vez depois de lhe enfiar mais poções de gosto péssimo goela abaixo. Ela não sabia exatamente como falar com ele, nem se deveria de fato iniciar uma conversa com aquele que ela jurava ser apenas uma visão muito maluca de sua cabeça. Ela estava constantemente contestado sua sanidade desde o segundo em que viajou no tempo e foi parar ali. Se ele já não a tivesse tocado, ou se não fosse visto conversando com outra pessoa, ela poderia jurar que era apenas uma parte das vozes da sua cabeça lhe pregando uma peça, afinal de contas, como poderia existir alguém assim tão bonito?

Revirou os olhos com os próprios comentários idiotas que fazia em sua própria cabeça e percebeu quando o Black pareceu finalmente mudar sua expressão e parecer confuso, talvez pensando com seus botões o que teria feito para tirar aquela reação dela.

— Você realmente não precisa ficar aqui comigo. — ela comentou.

Mordeu o lábio como se tentasse impedir sua boca de formar mais alguma palavra. Sua avó tinha razão em todas as vezes que falou que ela deveria usar sua boca aberta até demais para aprender a conversar com outras pessoas ao invés de falar bobagens. Ele, que continuava a encarando, apenas bufou como se já estivesse cansado e depois suspirou tão alto que até a Lula Gigante do Lago poderia ouvir se fizesse o mínimo esforço.

— Na verdade, preciso sim. Dumbledore quem pediu que eu acompanhasse você e tivesse certeza de que não teria outra... crise.

Mercury franziu o cenho, fazendo sua melhor cara de descrença quando decidiu que ele definitivamente não merecia o tremor que as mãos dela agora seguravam, ou toda a educação que ela havia guardado para tentar parecer uma garota normal. Por que ela não conseguia lidar com ele da mesma maneira que lidava com os seus antigos colegas, por que ela sentia a necessidade de pensar todas as suas palavras para que soassem perfeitas? Cruzou os braços com seriedade e pigarreou, desviando o olhar dele para qualquer outra coisa menos hipnotizante.

— Acho que vou ter uma crise se você não parar de me encarar como se eu fosse uma estátua em um museu.

Ele levantou uma das sobrancelhas e quase se ofendeu com o fato de que a atenção dela agora não estava nele, como sempre parecia estar.

— Uma estátua não falaria tanto.

— Um monitor deveria ser menos intrometido.

A maneira com que o olhar dele deslizou do cabelo claro dela até seu rosto a deixou aflita, como se toda vez que pressionada por aquele azul dos olhos dele — uma cor da qual ela já havia decidido não existir igual no mundo —, sua cabeça entrasse em uma espiral sem fim.

OUTSIDER • regulus blackOnde histórias criam vida. Descubra agora