• VINTE E DOIS •

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CAPÍTULO VINTE E DOIS
um objetivo a ser cumprido

"𝑷𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒂𝒃𝒆... 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒂𝒃𝒆."

Mercury Clement conhecia dos bons sentimentos até os piores que uma pessoa poderia aguentar e geralmente lidava com todos eles de maneira satisfatória

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Mercury Clement conhecia dos bons sentimentos até os piores que uma pessoa poderia aguentar e geralmente lidava com todos eles de maneira satisfatória. No entanto, naqueles instantes de silêncio absoluto, enquanto encarava os belos e apavorados olhos azuis de Regulus, uma sensação singular lhe tomou o corpo por intiro, dos pés a cabeça, como um arrepio que não tinha fim. Agarrou-se às paredes com afinco e moveu os pés contra o chão de madeira na tentativa de ter certeza que o que estava acontecendo era real, que a sua alma não havia saído por aí para dar uma volta sem avisar.

A descoberta que fez não foi apenas mais um mero detalhe de sua viagem no tempo, na verdade, foi provavelmente o primeiro deles que significava algo. Na época em que Harry lhe mostrou o falso medalhão e o bilhete escrito guardado dentro dele, Mercury não poderia imaginar a quem pertencia. E agora, estando em frente ao homem que o escreveu, muitas coisas começaram a fazer sentido e outras alfinetaram ainda mais o coração de Mercury, o fazendo palpitar. Em sua cabeça, as perguntas cada vez mais complexas, continuaram a se formar e ela sentiu... sentiu dentro de si, que precisava respondê-las. Por quais razões Voldemort teria confiado a tarefa de esconder o medalhão a ele, e quais os verdadeiros poderes daquele artefato? Se Sirius disse inúmeras vezes que seu irmão morreu obedecendo ao Lord das Trevas, por que Regulus iria tentar trapacear o plano dele?

E claro, a pergunta que não queria calar... como Regulus Black morreu?

E ela tinha certeza que era a única pessoa capaz de obter aquelas respostas, a única que tinha a mente dividida entre passado e futuro. Junto disso, uma consternação gélida lhe atingiu como um baque quando se deu conta de que o mesmo R.A.B. que teve sua vida ceifada na tentativa de cometer um ato heróico, ao que contava em seu bilhete, era o garoto em sua frente. Regulus, sem saber como tirá-la daquele transe causado por seus próprios pensamentos, agarrou as mãos dela e as segurou com delicadeza em uma medida desesperada, como se quisesse gritar um "ei! eu ainda estou aqui!".

Era óbvio que Mercury sabia que ele estava ali, mais do que isso, ela o queria ali junto dela e almejou solucionar todos aqueles mistérios que levavam à morte dele, em suas entranhas a vontade de quebrar as regras do tempo e impedir que tal coisa acontecesse. O dom que havia recebido quando nasceu e que corria em suas veias junto do sangue, finalmente estava borbulhando em vontade de se mostrar, ansioso e agitado. Uma impressão de pertencimento lhe rodeou com muita força feito um campo magnético que insistia em puxá-la na direção de Regulus, quando seus olhares se encontraram mais uma vez. Se estivessem dentro de um desenho ela diria que aquela era a parte em que uma aura amarelada e brilhante se recostaria atrás dele, o fazendo parecer um diamante bem lapidado em frente aos olhos de um ladrão.

OUTSIDER • regulus blackOnde histórias criam vida. Descubra agora