FIRE LOVE - MonSam

Capítulo 24 - Segredo

POV SAM

Ensaiei minha fala durante todo o caminho até a casa da Mon, eu estava decidida a contar o que sabia logo após o jantar, um pouco antes de ter que ir para a base. No entanto, eu não tinha como prever a sequência de acontecimentos. Sim, eu cheguei com um plano sólido, mas ele meio que começou a se fusionar quando ela abriu a porta. Mon me recebeu usando um vestido vinho com alça de um ombro só, ele possuía uma fenda de perna lateral, que eu achei particularmente alta, e era de um o tom que realçava a cor de seus olhos. Ela tinha os cabelos soltos, suas mechas emolduravam seu rosto e apesar da maquiagem discreta, conseguiu evidenciar ainda mais o brilho de seus lábios.

Quando ela sorriu e me puxou para dentro, eu deveria ter imaginado que o plano seria arruinado. Mas eu não pude prever os movimentos em cadeia, a maneira como ela me olhou durante todo o jantar, o jeito como ela me convidou para uma dança, como colocou minha mão na base de sua coluna, se aproximando com aquele perfume doce em toques de baunilha que me embriagava lentamente... Nada era por acaso, ela tinha ciência do que estava fazendo, pois ela também tinha um plano e o dela estava muito bem elaborado, inclusive era melhor do que o meu.

Por isso, em algum momento ela me perguntou se eu tinha certeza e no outro passava suas pernas em volta do meu quadril para nos girar sobre sua cama, para estar sobre mim e para fazer comigo o que ela quisesse. E agora aqui estou eu, completamente entregue à um prazer que nunca havia sentido, totalmente rendida a mulher que consegue controlar todo meu corpo com a ponta de sua língua. Eu tento conter os sons que teimam em sair, mas um choque e um calor crescente está subindo das pontas dos meus pés até o meu ventre, meu corpo está se contraindo contra o espaço, desejando algo a mais. Meu Deus! Eu pensava que o fogo era quente, mas não sabia que era a boca dela que podia me queimar.

Quando o contato é rompido, imediatamente me sinto frustrada, o desejo se contorce em desespero, mas não retrocede. Então a vejo subindo em minha direção, seus olhos presos nos meus, ela se deita ao lado com o corpo parcialmente sobre o meu, me ataca com um beijo profundo e logo sinto sua mão se movendo entre nós. Sua perna em cima da minha abre um pequeno espaço, sua mão agora desce sobre meu ponto mais sensível. E ela continua o estímulo que antes era feito majestosamente com sua língua, numa habilidade inquestionável. Nosso beijo não é quebrado por nenhum minuto, até que ela sai de meu ponto e devagar segue até minha entrada, me sinto exageradamente úmida, tanto quanto a necessidade que tenho dela.

— Eu posso morrer se você parar de novo, amor...— é uma súplica, a faço no breve momento que interrompo nosso beijo para respirar. Ela o retoma com mais voracidade e me preenche sem demora, nesse mesmo momento nós duas gememos. O calor do corpo dela é um incêndio na minha pele, eu sinto como seus dedos entram e saem em investidas fundas e precisas, mas não sou capaz de raciocinar de maneira coerente mais. Minhas mãos estão passeando pelas linhas de suas costas a todo e qualquer movimento me deixando mais próxima.

— Ah.. Mon... Amor...  — Essas meias palavras estão intercalando o meu ofegar intenso, não há ar o bastante e é muito difícil aguentar. Assim, quando todo meu corpo começa a estremecer, sinto meus lábios serem tomados por ela e ao me desfazer em sua mão eu não consigo me impedir de gemer em sua boca.

Ela desaba ao meu lado com a cabeça enterrada na volta de meu pescoço, nossas respirações descompassadas. Ela claramente satisfeita, e eu tentando recobrar a consciência. Eu havia me perdido em um espaço entre a existência e o nada, todas as células do meu corpo experimentando e se deleitando de uma onda colossal de prazer.