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Camila P.O.V

   Estava sendo mais um treino normal de handball aqui no colégio Light, tirando o fato que eu estava prestes a bater o 7 metros.

    Olhei para os lados e vi Lana na ponta esquerda, Dinah como minha meia esquerda, eu como armador central, Victoria como minha meia direita, Jhulia na ponta direita e como pivô tinhamos Ana. No outro time estavam as meninas do segundo ano e a goleira era do primeiro. Lembrei que mesmo elas sendo mais novas do que meu time, jogavam muito e eu teria que bater a falta com cuidado pra poder marcar.

    Ri por lembrar como somos um bom time antes de escutar o apito do juiz permitindo eu bater o 7 metros. Levantei a perna direita e logo taquei pro gol com a mão direita marcando no canto direito.

      Saí correndo para defender minha área, quando escutei o apito final indicando o fim do jogo. Como de costume, andei até o meio da quadra onde se encontrava meu treinador, George, e logo sentei. Elogiei algumas meninas pelo jogo, foi realmente um bom treino.

      Olhei pro George. George era um homem que deveria estar nos seus 45 anos, gordinho por causa das bebidas e de cabelo um pouco branco. Vestia uma camisa do barcelona, um short pra malhar e um tênis velho. Abri um sorriso de lado ao ver o tênis, afinal eu lembrava que era o tênis que ele estava usando no meu primeiro treino de handball há 3 anos.

     A voz do treinador soou alta no ginásio.

    -Parabéns pelo treino de hoje meninas, foi produtivo. E Camila, parabéns pelos 7 metros. Bateu muito bem.

     Sorri e vi que as meninas olhavam pra mim e algumas batiam palmas.

      -Obrigada, George.

      -Disponha, você só melhora a cada dia. Bom, por hoje é só meninas. Vejo vocês quinta-feira.

   Levantei e fui em direção da porta de saída do ginásio como todas as meninas. Rapidamente sai da escola, indo pra casa á pé. Virou um hábito que eu fazia nas terças e quintas por ter treino. O colégio não ficava tão longe da minha casa, era mais ou menos 20 minutos. Olhei para uma praça na qual eu estava passando e lembranças veio á tona. Foi naquela praça que eu aprendi a andar de bicicleta e também foi lá que dei meu primeiro beijo. Eu não gostava de lembrar desse último detalhe porque o beijo foi praticamente forçado pelo Igor, um menino que, na época, era mais velho do que eu. Continuei e quando cheguei em casa fui direto pro banheiro, precisava de um banho.

     Em menos de 20 minutos, eu já estava na cozinha, sentada do lado de minha irmã, Sofia. Observava minha mãe colocar uns pães na mesa e logo peguei um e comecei a preparar um sanduíche pra minha irmãzinha, porém a mesma pegou o pão da minha mão e colocou no seu prato.

      -Porque você nunca deixa eu fazer seu sanduíche? -questionei- Meus sanduíches são bons, ta?

      -Desculpa Kaki, é que você sempre coloca manteiga demais.

     -Me falava que eu colocava menos, pequena.

    Falei antes de dar um beijo na bochecha dela. Preparei rapidamente meu sanduíche, e dei um beijo em Sinu e subi pro meu quarto.

     Peguei meu celular e chequei minhas mensagens. Tinha notificação do grupo do treino de handball.

      Li a mensagem e logo dei um suspiro cansado.

       -Mais um jogo cansativo.

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