Handball

Worst Day

Lauren P.O.V

Quando Camila me contou que queria montar um plano pra pegar Jade no flagra, eu não acreditei. Mesmo sabendo da traição de Jade eu continua não achando que ela seria capaz de fazer isso, muito menos com alguém que ela mal conhecia como a Camila por isso aceitei a minha missão. Quando eu entrei no mercado, esperei uns 5 minutos até entrar no restaurante e não encontrar Jade em nenhuma das mesas.

-Não, ela não fez isso.

Fui em direção ao banheiro, mas não entrei. Fiquei escutando pela porta até escutar a voz de Camila.

-Que porra você está fazendo? Eu já te beijei, era só isso que você queria.

A raiva já começou a crescer no meu corpo. Jade realmente estava tentando e conseguindo fazer algo com Camila. Eu sei que Camila estava tentando resistir, mas acreditem em mim, Jade é muito mais forte do que parece. Teve um dia que ela até me jogou na parede com uma força que fiquei com dor nas costas por 1 semana.

-Você acha mesmo que eu vou ficar em cima só de uma menina só pra beija-lá? Pensa um pouco Camila.

A voz de Jade ficou repetindo na minha cabeça como um replay de uma música. O fato dela ter a coragem de fazer algo com Camila contra a vontade dela é algo fora do normal. E não só com Camila. Imagina com quantas pessoas ela já tentou fazer algo e eu nunca fiquei sabendo? A raiva e uma vontade enorme de matar a primeira pessoa que aparece tomou conta do meu corpo até eu decidir acabar com isso. Entrei batendo a porta do banheiro até chegar na parede que Jade prendia Camila, puxa-lá pelo ombro e dar um soco certeiro no meio do nariz dela, a fazendo cair no chão. Minha mão dóia por causa do impacto mas não era nada comparado a dor que eu sentia por minha dignidade, meu amor e meu querer ter sido atingido por causa da desgraça dessa mulher. Olhei pra Camila que mantinha um semblante surpreso e falei em alto e bom som pra Jade escutar o que eu achava dela a partir de hoje até o final da minha vida.

-Desgraçada.

Jade tentou parar o sangramento que vinha do nariz dela, parecia que tinha quebrado. Estava um pouco torto e jorrava sangue, mas eu não me sentia culpada. Pra falar a verdade, tirou um pouco do pesar ter agredido Jade. Eu não consegui parar de olha-lá. Era um olhar de raiva, tristeza, mágoa e de insuficiência.

-Não é o que parece, Lauren.

Jade tentava se justificar mas não valia nada. Eu já havia visto o que tinha que ver e não tinha explicação pra tal ato.

-Cala sua merda de boca. Você nunca mais me procura ou a Camila ou qualquer outra pessoa que importe pra gente se você não quiser que eu quebre seu nariz de novo.

Olhei pra Camila e ela tinha uma reação assustada. Nem eu pensava que eu conseguia chegar a esse ponto de agressão, mas eu não conseguia parar. Eu não falei 3% do que queria falar.

Jade levantou, pegou um papel higiênico e limpou o nariz. Mantinha a mão em cima do mesmo o tempo inteiro e gemia baixo por causa da dor.

-Isso não acabou, Lauren e Camila.

-Pode ter certeza que acabou sim.

Dessa vez quem se pronunciou foi Camila com força na voz. Sorri fraco ao vê-la tã poderosa em si mesma.

-Espero nunca mais ter que te ver, Jade.

Jade que já saia pela porta, apenas virou, esboçou um sorriso e saiu. Puta que pariu, agora eu odiava aquele sorriso.

-Está tudo bem?

Camila chegou perto de mim tocando em meu ombro. Quando o toque dela se fez presente, eu acalmei de uma forma muito rápida. A minha mente que pensava em como a Jade era uma filha da puta, ficou vazia e minha cara raivosa sumiu. Virei em direção dela e respondi um "sim."