02: Stuck with monsters

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Presa com monstros

Acordei com uma dor de cabeça horrível, e aos poucos que minha visão estava voltando, eu via que estava em um quartinho sujo, escuro, e que minhas mãos estavam amarradas.

Junto comigo, tinham outras duas garotas, amarradas também, mas elas não haviam acordado ainda.

Meu coração estava batendo rápido e minha respiração desregulada, logo senti meu corpo todo começando a tremer, uma crise de pânico.

— Merda, agora não... — Falei baixo com a voz falhada.

Senti meus olhos arderem, logo lágrimas escorreram pela minha bochecha.

— Socorro!! Socorro!! — Eu gritei o mais
alto que pude, fazendo as outras garotas acordarem também, logo elas começaram a gritar comigo.

Todas nós estávamos desesperadas, com medo do que fariam conosco.

Eu conseguia ouvir meus batimentos tão altos e tão acelerados que eu sentia que meu coração iria saltar para fora do meu peito.

Dois homens altos com a roupa toda preta aparecem na sala.

— Oi lindas, eu vejo que vocês acordaram, como foi o sono? — O moreno perguntou rindo, reparei que na cintura de cada um, tinha uma faca e uma arma, comecei a me desesperar mais ainda.

— Nos deixem sair daqui, seus psicopatas! Vocês tem merda na cabeça?! — A ruiva grita, os dois homens a olham, furiosos.

O loiro saca a arma da cintura e simplesmente dá um tiro no peito dela.

Eu grito, de medo, eles mataram a garota na minha frente!

Minha cabeça estava a mil, eles iriam me matar também?!

A garota morena gritou, desesperada.

— Não!! Não, Sophie... — Ela chorou, olhando para baixo.

Meu pânico aumentava cada vez mais, eu estava desesperada, rezando para que eles não fizessem nada conosco.

— Agora, vocês vão agir igual essa putinha agiu? — O loiro falou, não respondemos, minha voz se recusava a sair, como sempre se recusou quando eu tinha crises de pânico.

— Vão ou não!?! — Ele gritou apontando a arma para nós, nos fazendo pular, acenamos com a cabeça que não, para não fazerem com a gente o que fizeram com Sophie.

— Bom. — O outro falou.

Eles guardaram a arma novamente e nos soltaram, eles pegaram em meu braço forte, deixando a marca.

Minhas lágrimas não paravam de escorrer, eu suspirava por ar, mas nada entrava nos meus pulmões.

— Para de chorar, caralho!! — O loiro gritou para mim, suspirei de susto, mas eu não conseguia parar de chorar, então apenas chorei em silêncio.

— Se vocês abrirem a boca para falar qualquer coisa sem serem chamadas, eu corto a porra da garganta de vocês. — O moreno falou, ficamos quietas, tremendo, minha garganta estava seca, e oxigênio não passava direito pelo meu nariz.

Chegamos na frente de uma porta preta, chique, o loiro bateu na porta e a abriu, mostrando um escritório chique e escuro.

— Chefe, temos essas duas, a morena e a loira. — Os dois riram.

Minha respiração falha, esse chefe era um homem alto, com barba e cabelo marrom, ele parecia ter uns vinte e seis, trinta anos e era um cara atraente, não podia negar, mas só de ver seu rosto já me dava medo.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora