12: Drunk truths

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Verdades bêbada

TOM POV.

Acordo e faço minhas higienes matinais, desço as escadas e vou para o café da manhã.

Pela primeira vez fui o primeiro a acordar.

A casa estava silenciosa e toda iluminada por conta do sol, a mesa estava posta e farta de comida.

Apenas esquivo da refeição e me sento no sofá, acendendo um baseado.

A fumaça saia lentamente pela minha boca, se espalhando pelo ar.

Pouco tempo depois, ouço passos leves na escada.

A sua silhueta aparecia lentamente, seu cabelo loiro bagunçado de um jeito perfeitamente arrumado.

Sua blusa gigante que era minha anteriormente.

Sua meia que batia em sua canela fazia seus passos serem silenciosos.

Ela olhava para todos os lados com seus olhos azuis como o fundo do oceano, pareciam procurar algo.

Até que eles param em mim, ela arregala os olhos e os desvia, sem querer manter contato comigo.

Continuo a encarando com meus olhos, que queimavam seu corpo, eu tragava e soltava o resto da fumaça.

Mabel tentou disfarçar, mas vi ela me olhando de cima a baixo, eu nem tento disfarçar e a olho até seu olhar encontrar o meu.

Ela se aproximava de forma lenta e apreensiva, chegando no sofá.

Mabel se sentou ao meu lado, olhando para frente, enquanto eu continuava a encarar.

— Bom dia. — Sua voz baixa ecoou em meu ouvido.

— Dia. — Respondo seco e volto a olhar para frente, trago o baseado e jogo minha cabeça para trás, soltando a fumaça.

— Posso? — Ela levanta a mão, entrego para ela o baseado, esperando que ela ache muito forte, já que essa é a melhor das maconhas.

Ela dá uma tragada grande e joga a cabeça para trás, soltando toda a fumaça de um jeito muito... sensual.

— Achou forte? — Pergunto enquanto ela me devolvia a verdinha.

Mabel dá de ombros, ela fecha o olho e deita a cabeça para trás.

O baseado estava quase acabando, trago mais uma vez e dou para Mabel.

Ela o pega e fuma o resto, sem nem fazer careta.

Me surpreendeu.

Greta odiava maconha, ela odiava cigarro, tudo que se fumava.

Quando ela experimentou pela primeira vez da planta, ficou tossindo por meia hora e ficou agindo de forma muito engraçada.

Ela jogou a bituca no lixo que tinha a alguns metros do sofá.

Conseguia já reparar em suas pupilas gigantes invadindo o espaço do seu olho azul.

Em poucos minutos, alguns dos efeitos da plantinha começam a bater, seu corpo começa a ficar inquieto, suas pernas se mexiam, parecendo nunca encontrar a posição perfeita.

— Tá com formiga na perna? — Pergunto em um tom seco, franzo as sobrancelhas vendo ela gargalhar baixinho.

— Tem algum palhaço aqui, porra? — Minha voz saiu rouca e baixa.

— Sim, você. — Ela fala afrontosamente e se levanta, indo para a cozinha.

Mabel abre a porta da geladeira, pegando uma vodka e bebendo no gargalo.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora