08: Addicted.

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Viciada.

MABEL POV.

Acordo no meio da noite, sentindo falta de ar, a sensação que algo faltava era persistente.

Olho para o relógio na parede, afirmando que são 1:23 da manhã, então percebo que devia estar com os efeitos alucinógenos do remédio agora.

Me sinto presa, sem ter a companhia das mulheres da minha vida que apareciam todos os dias de noite.

Começo a me desesperar, querendo sentir seus braços me rodeando e me abraçando.

Falta de ar, desespero, pânico, necessitava vê-las novamente.

Levanto da cama e vou para o banheiro, procurando por pílulas.

Olho nas gavetas, embaixo da pia, mas nada, vazio.

Lembro da enfermaria, com certeza tem remédios lá.

Abro a porta e subo as escadas, rapidamente, mas de forma silenciosa.

Chego no terceiro andar, passo pelo terraço e então chego na sala branca.

Vou para os armários e checo quais eram os remédios , encontro um antidepressivo e medicação para enxaqueca.

Abro o remédio para depressão e pego uns três comprimidos, os descendo goela abaixo.

Logo senti uma agitação contagiando meu corpo, minha cabeça girava e tudo ficava meio escuro e turvo.

Meu coração batia muito rápido, tipo 130 batimentos por minuto.

Náuseas me fazia cambalear, quase caindo no chão.

Meu corpo todo se tremia, sinto minha pressão baixando e meu corpo pegava fogo.

Minha respiração falhava enquanto ansiedade tomava conta de meu corpo e mente.

— Merda. — Sussurrei ao perceber que Greta e minha mãe não estavam comigo, eu precisava de mais.

Peguei os comprimidos de enxaqueca e tomei outros dois, direto.

Tudo que eu estava sentindo se tornou mais forte.

Não conseguia ficar em pé, o mundo girava, eu me sentia em uma montanha-russa, que estava prestes a quebrar...

Coloquei a mão na cabeça quando as vozes começaram, mas não eram as que eu queria ouvir.

Eram risadas, que riam de mim e me apontavam como se fosse um palhaço em um circo.

Tapei meus ouvidos, mas elas não paravam, continuavam rindo e se tornando cada vez mais altas...

— Para! PARA! — Gritei, rodando em círculos, meu corpo estava tremendo e ansioso.

Quando de repente minha pressão cai, caio no chão e bato a cabeça, tudo se torna escuro.

Um zumbido no pé do ouvido, mas os barulhos de chuva do lado de fora haviam parado, junto com as risadas...

TOM POV.

Acordo por volta de uma da tarde, desço as escadas depois de fazer minhas higienes matinais.

No sofá, vejo Bill, e na cozinha, Isabel preparava o almoço.

Me sento do lado do meu irmão, pegando o controle e mudando de canal.

— Porra, eu tava vendo. — Ele bufa, ignoro seu comentário para não me irritar.

— Dá para parar de ser estranho? — Bill falou puxando o controle da minha mão e colocando a merda do seu canal de novo.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora