019: Confusing thoughts

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Pensamentos confusos

MABEL POV.

Depois que voltamos para casa, fui no meu quarto e guardei as roupas e acessórios novos no armário.

Pego na pequena sacola da livraria o meu livro favorito, eu felizmente achei na versão em alemão aqui, porque eu estava com saudade de lê-lo.

O seguro debaixo do braço e saio do quarto, queria ler na varanda.

Ela era tão aconchegante, era uma sacada aberta, o que deixava o ambiente quente bem fresquinho.

Havia um sofá fofinho e macio, com almofadas de pelinho.

A vista perfeita para a Torre Eiffel e o parque bem verde deixava tudo melhor.

Abro a porta de vidro e entro no cômodo, sento no sofá com as pernas cruzadas e começo a ler, já sentindo a adrenalina de começar meu livro favorito de novo.

Depois de alguns minutos, ouço passos pesados atrás de mim, mas continuo focada no que estava fazendo.

— O que está lendo? — Ouço aquela voz rouca e familiar.

Sinto um arrepio involuntário em meu corpo.

— Quem é você, Alasca? — Falo, fingindo não dar muita importância para sua presença.

Por mais que eu ligasse, sentia borboletas no estômago cada vez que ele se aproximava.

— Tá gostando? — Ele pergunta, mas me sinto confusa com seu interesse repentino.

— Sim, eu já li outras vezes, essa é a quarta vez para ser exata. — Falo e sorrio, conseguindo arrancar um sorriso ladino do Tom. — É o meu livro favorito.

— Por que? — O garoto pergunta, se sentando no sofá, ao meu lado.

— É um livro muito bom, e foi o primeiro de romance que eu li, tenho um certo apego emocional.

Tom assente, então um silêncio se instaura entre nós.

Fico pensando por alguns segundos antes de perguntar o que ninguém me respondeu.

— Por que o Bill tá machucado? — Enfim pergunto, fechando meu livro e o olhando em seus profundos e intensos olhos castanhos, que já estavam me observando.

— A gente acabou brigando. — Ele fala, parecia ter muito peso e culpa em sua voz. — Eu fui no quarto dele para conversar sobre algo e acabei me descontrolando.

O encaro, surpresa por eles terem saído nos socos.

— Mas ele tá bem? — Pergunto preocupada, logo percebendo a rápida mudança de humor do garoto. — Você tá bem?

— Sim, foi só uma briga. — Tom diz e dá de ombros.

Então uma dúvida invade minha mente, por que eles brigaram?

Será que foi por conta de algo da gangue, ou por conta de alguém?

Mas, não...

Teria que ser algo muito grave, já que eles se socaram.

Tá, eu estava muito intrigada para não perguntar, e que mal faz uma perguntinha, né?

– Mas... – Eu estava meio receosa, já que Tom pode ser um pouco explosivo. – Por que vocês brigaram, em primeiro lugar?

Kaulitz me olhava com o maxilar travado, parecia não querer me contar a verdade.

– Por você, na verdade. – Sua voz era grave e rouca, me fazendo arrepiar por completo.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora