23: Killer queen

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TOM POV.

Me encolho na parede, vendo a porta do quarto sendo aberta.

– Me solta, por favor! Eu imploro, porra! – Lee diz, enquanto Georg o entregava para Bill, que o jogava na cadeira e o prendia.

– Tirem a sacola. – Falo e desencosto da parede que estava, caminho até o homem amarrado e ligo o abajur ao seu lado, colocando a luz forte bem em seu rosto.

Gustav tira a sacola do rosto dele, que quando me encara, sua feição se transforma em puro terror.

– Por favor, senhor Kaulitz! Tenha piedade de mim! – Lee implora mais uma vez, tremendo por sua vida.

– Lee, Lee... – Rio sarcasticamente. – Te avisei o que aconteceria se me passasse a perna, seu imbecil de merda! – Cuspo as palavras em seu rosto.

– Eu me arrependo profundamente!

– Cala a porra da boca! – Grito, me afasto dele e passo a mão no rosto, sentindo ódio tomando conta do meu corpo. – Eu quero a porra do meu dinheiro, me pague agora, filho da puta. – Falo sério, minha voz alta ecoando por todo o corpo, enquanto Lee se tremia todo.

Havia terror e pânico em seus olhos, sua testa suava, pingava.

Ele tentava soltar seus braços do nó que Bill deu, mas não conseguia, suas pernas se mexiam sem parar, inquietas.

– Eu não tenho seu dinheiro agora, mas posso... – Antes que ele pudesse terminar aquela frase, desfiro um soco em sua mandíbula, seu rosto cai para o lado, enquanto sangue pingava de sua boca, caindo no chão.

– Não são essas palavras que quero ouvir, Lee. – Digo e sorrio malignamente. – Quero ver a porra dos cinquenta mil que você me deve, em dinheiro vivo, agora. – Me aproximo dele, segurando em seu queixo fortemente, quase o quebrando.

– Senhor Kaulitz. – Ele diz com a voz trêmula, me afasto dele e o dou um soco no nariz, cansado de ouvir desculpas e mais desculpas.

– Todos te avisaram para não competir comigo, e você, mimadinho do caralho não ouviu. – Minhas palavras ecoavam em sua cabeça, enquanto ele se recuperava dos socos. – Você é um merdinha, que não sabe correr e aposta a porra de cinquenta mil dólares com o melhor corredor da Alemanha. – Rio ironicamente, zoando sua burrice absurda.

Abaixo meu tronco, ficando de sua altura.

Conseguia sentir sua respiração trêmula, enquanto seus olhos me encaravam, implorando por perdão.

– Você não passa de um idiota, mimado pelo papai. – Zombo. – Se não fosse por ele, você não teria nada que você tem agora.

Me levanto de novo, caminhando de um lado para o outro.

– Deveria sentir vergonha de si mesmo, nada que você tem foi conquistado sozinho, foi tudo te dado pelo seu papaizinho. – Rio de sua cara trouxa, como um palerma.

– Eu trabalhei duro pelo o que tenho hoje, e não vai ser um zé ninguém como você que vai me enganar. – Tiro minha arma da cintura e a deixo carregada, a segurando em minha mão.

– Por favor, Kaulitz, eu posso te pagar com outra coisa. – Ele diz e sorri para mim.

– Que nojo, viado do caralho. – Digo e bato com a outra ponta do revólver em seu rosto.

– Não! Não é assim! – Lee fala e eu me viro, encarando a parede. – Eu vi a sua garota, aquela loirinha lá fora, né?

Paro de me mexer e levanto meu olhar para a parede, ouvindo que merda ele vai dizer sobre minha Mabel.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora