03: Haunted memories

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Memórias assombradas

Um estrondo, me fazendo acordar, olho para o lado e vejo o corpo da garota morena que estava comigo, sua camiseta branca, agora ensanguentada.

Stefan, o homem loiro, a jogou no chão e foi embora, ela estava...??

— Ei, ei! — Eu falo, a sacudindo.

— Me ajuda, por favor! — Ela falou, implorando, seus olhos inchados e tristes, vazios.

Ela estava pálida, com olheiras definitivamente notáveis, suas mãos pressionavam sua barriga, na região em que sangrava.

— Meu deus... — Minha respiração começa a ficar desregulada, meus pulmões se enchiam com dificuldade.

— O que aconteceu?! — Eu pego o cobertor e pressiono na sua ferida.

— Eles tentaram me matar... Me matar! Eu sobrevivi, implorei para que eles me deixassem viver, eles me jogaram aqui! — Sua voz falhava, consumida com choro.

— Eu sinto muito, eu sinto muito! Não podemos ficar aqui, eles irão somente brincar conosco e nos matar depois! — Eu me desesperei, lágrimas escorrendo, elas não paravam.

Meus olhos já doíam, mas não havia nada que me fizesse parar de chorar e soluçar.

Medo me embrulhava, se prendia a mim, junto com pânico.

Eu pressionei onde eles tinham atirado, tentando fazer com que o sangue parasse de jorrar, meu estômago estava se embrulhando.

— Por favor! Alguém! — Eu gritei, minha voz trêmula.

A porta é aberta bruscamente, reconheço o cheiro de whisky quando a porta é aberta.

Seu porte físico e sorriso impecável são as primeiras coisas que vejo, era o chefe.

Ele estava de volta, para me amedrontar e me causar calafrios.

— Bom dia, querida. — Ele ri, seu olhar sobre mim, era assustador, malicioso...

Ele anda para dentro do quarto, seus passos vibrando o chão.

— Eu preciso... — Eu choro, olhando para baixo. — Eu preciso de ajuda, ela vai morrer! — Eu olho para cima, meus olhos encontram o seu, meu olhar implorava por misericórdia, compaixão.

Ele sem dizer nada, agarra meu braço, que doía, machucado.

— Por favor... Por favor! — Meus soluços eram a única coisa que podia ser ouvida.

— Não! Ela... — Fui interrompida pelo barulho alto da porta fechando.

Nós subimos a escada e entramos em um quarto grande e chique, era escuro, na base de preto e marrom, amadeirado.

— Sente-se. — Ele fala, apontando para o grande sofá de couro marrom.

Eu me sento, passo meus braços na frente de minha barriga, ainda desnorteada pela quantidade de sangue saindo do corpo da garota, que eu ainda não sabia o nome.

— Quer? — Ele me oferece dois comprimidos brancos, balanço a cabeça negativamente.

— Pegue um. — Ele insiste, colocando os comprimidos na mesa à minha frente, eu recuso novamente.

— Não estou mais perguntando! — Ele grita, me fazendo arfar de medo, pego os comprimidos com minhas mãos trêmulas e os engulo, eles descem rasgando minha garganta.

Pouco tempo depois, minha cabeça começou a girar, eu estava vendo tudo em dobro.

— Mabel? — O chefe perguntou, sua voz ecoava pela minha cabeça, tudo estava muito escuro e ao mesmo tempo, muito claro.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora