015: My girl.

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TOM POV.

Acordo no meio da madrugada, olho para o relógio na mesa de cabeceira e vejo que são 4 e 20 da manhã.

Mabel está do meu lado, dormindo pacificamente, sua feição era angelical, sua boca rosada estava levemente aberta.

Tiro meu braço debaixo de sua cabeça lentamente e saio do quarto, sem fazer barulho, abro a porta e a fecho.

Desço as escadas, a casa estava escura e silenciosa, a lua ainda estava presente, ela deixava a casa minimamente iluminada.

Saio da casa, indo para a área de piscina e me deito em uma espreguiçadeira, pego um beck e acendo, dando o primeiro trago.

Nessas horas da madrugada, eu paro tudo e penso na minha vida.

Ela virou minha vida de cabeça para baixo desde que eu conheci Mabel, eu não posso me apaixonar, não quero me apegar em alguém de novo.

Mas eu preciso estar toda hora perto dela e me certificar que ela está bem.

Eu me imaginava a beijando e a levando para meu quarto mais do que alguém possa pensar, eu imagino em como seria se eu me deixasse amar ela, mas não dá, não de novo.

As irmãs Rech tem algum tipo de magia, que me fazem obcecar por elas.

Talvez eu só sinta saudade da Greta e esteja projetando na Mabel, mas ela me faz sentir coisas que nunca senti antes.

Eu tento ficar com outras para ver se eu esqueço ela, mas nenhuma dessas putas saciam minha vontade.

Eu tenho vontade de atirar em mim toda vez que eu me pego pensando em seu rosto perfeito, seu corpo pequeno e delicado, em sua cintura que eu consigo segurar com apenas um braço e em sua voz baixa e doce.

Que merda!

Não era pra isso acontecer, não era para eu estar obcecado por uma garota cheia de traumas e toda fudida.

Já basta eu de fudido.

Apago o beck na grama e levanto da cadeira.

Entro dentro da casa, coloco meu tênis e pego a chave do meu carro.

Vou até a garagem e entro no Bugatti Veyron preto, ligo o carro e saio da garagem.

Eu queria dirigir sem rumo, para ver se eu esquecia desses pensamentos que me assombravam.

O carro estava silencioso, eu só conseguia ouvir o barulho das rodas correndo pelo asfalto na velocidade máxima.

Eu não ligava se a polícia iria me parar por passar do limite de velocidade, ou se eu iria ser preso por ter diversas armas ilegais no porta mala.

Eu continuo dirigindo por horas e horas, a pista vazia e o sol nascendo, deixando o céu com uma mistura perfeita de rosa, laranja e azul.

Então finalmente chego, era uma floresta grande e escura.

Eu saio do carro, que deixei estacionado perto da "entrada" da floresta, e caminho para dentro das árvores grandes e que mexiam, causando barulhos altos de galhos.

Ando mais um pouco, até que encontro o que queria achar.

Quando eu comecei nesse mundo de gangue, eu tinha 16 anos, então ninguém sabia, e se soubessem, não iriam me levar a sério.

Então eu criei nessa floresta um tiro ao alvo, para praticar minha mira, e às vezes venho aqui, para relembrar os velhos momentos.

Era tão quieto e calmo, e ver os tiros disparando com nada para os atrapalhar, me acalmava.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora