07: Safe and sound... or not.

826 82 21
                                    

Sã e salva... ou não.

Acordo em um quarto branco e silencioso, a única coisa que era possível de ouvir era um bip incessante, perto de mim.

Minha perna e cabeça doíam terrivelmente.

Tudo estava muito claro, quando meus olhos se acostumaram com a luz, reparei na minha perna, estava enfaixada.

Até que comecei a lembrar, lembrar do tiro, do Gideon, de alguém vindo me tirar de lá...

Mas, onde eu estou? Estou em um hospital? Eu finalmente estou livre?

A porta é aberta devagar, uma moça alta e ruiva entra, ela estava com uma roupa branca e seu cabelo em uma trança.

— Bom dia, minha querida, como você está se sentindo? — Ela pergunta com um tom leve e doce.

— É, eu... Bem. — Eu gaguejei, estava tudo muito confuso, minha mente estava a mil, pensando em tudo que havia acontecido.

— Você é uma garota muito forte, sabia? — Ela se sentou na beirada da minha cama. — Você estava desnutrida, machucada em diversos lugares, levou um tiro na perna e diversas outras coisas.

Seu olhar era de pena, dó.

Ela me falando, me contando por tudo que eu passei, eu acho que não tinha ouvido de outro ponto de vista.

Meus olhos começaram a lacrimejar, logo escorrendo pela minha bochecha.

— Não, eu não estou bem. — Eu falei enquanto chorava. — Eu fui torturada, abusada, mantida em cativeiro, deixada para morrer! Eu não estou bem, e ninguém vai entender pelo que eu passei! — Eu falei com um tom alto e choroso.

A única pessoa que entenderia o que eu passei está morta.

A mulher então foi embora, seu olhar era triste e vago.

Ela fechou a porta, mas consegui a ouvir falando com alguém.

— Ela não está bem, está destruída tanto fisicamente quanto mentalmente, não sei se ela está pronta... — A ruiva falou, uma voz masculina a respondeu.

Então, silêncio...

Tudo ficou calmo e quieto, sem a moça ruiva ou voz masculina, mas o bip da máquina continuava.

Observo o quarto em volta de mim, as paredes brancas e lisas, os lençóis azuis claro, a porta marrom e a máquina de batimentos cardíacos.

Senti minhas pálpebras pesadas, fecho os olhos, adormecendo em seguida.

TOM POV.

— Kaulitz, a Anya falou que ela está muito mal, mentalmente e fisicamente. — Georg falou entrando na sala e se sentando todo esparramado no sofá.

— Mas eu preciso falar com ela, saber sobre a Greta. — Respondi, me levantando. — Vou falar com ela. — Sai antes que alguém pudesse me impedir.

Andei pelo vasto corredor, chegando até a escada para o terceiro andar, onde fica a enfermaria.

Chegando perto do quarto, vejo a porta entreaberta.

A abro lentamente e reparo que a garota estava dormindo, seu rosto relaxado e angelical, sua boca rosada carnuda e seu nariz perfeitinho.

Encosto minha cabeça no batente da porta, a admirando.

Logo, vejo sua cabeça se movendo devagar e seus olhos abrindo um pouco, se ajustando com a luz do local.

Ela acorda, olhando para os lados e parando seu olhar em mim, seus olhos azuis examinando meu corpo e rosto, me aproximo lentamente, seu corpo se encolheu enquanto eu andava.

The devil is real... || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora