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Sorte? É uma coisa que eu definitivamente não tenho

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Sorte? É uma coisa que eu definitivamente não tenho.

Agora eu estou limpando o chão da cozinha enquanto Noah mexe no celular, isso porque eu perdi no ímpar ou par.

— Eu acho melhor você mudar de expressão, vai que fica com essa cara de quem comeu limão pra sempre? — ouvi Noah dizer com ironia.

Realmente minha cara não deveria estar boa, mas eu tinha motivos para estar emburrada.

— Por que você não cala a boca? — perguntei largando o rodo e olhando para ele, colocando uma mão na minha cintura.

Vi ele abrir o seu típico sorrisinho idiota, enquanto se divertia em me ver irritada com ele.

— Coisa cruel e linda, você é a culpada disso, não eu. — ele disse como se estivesse certo.

— Primeiro que a gente não estaria aqui, se você não fosse um idiota. — eu disse me aproximando dele.

— A gente não estaria aqui se você não tivesse jogado aquela tinta em mim. — ele disse colocando o celular em cima da mesa, e se levantando da onde estava sentado, ficando de frente para mim.

— Você merecia bem mais do que tinta rosa nesse seu cabelinho, mas se eu fizesse o que eu tenho vontade, eu seria presa. — eu disse olhando um pouco para cima, por conta da nossa clara diferença de altura.

— Relaxa cacheadinha, até onde eu saiba sexo não é crime. — Noah disse e eu abri a boca indignada com tamanha cara de pau desse desgraçado.

— A última coisa que eu faria com você, seria isso. — eu disse cruzando meus braços.

— Tem certeza disso? — disse dando passos para frente, e ficando mais próximo de mim.

Não sei porque, mas eu recuei meus passos conforme ele se aproximava mais. Não tirava o foco dos meus olhos dos dele, que me olhava de uma maneira diferente do que Noah normalmente me olhava.

Ali tinha algo a mais.

Meus passos pararam quando senti o final das minhas costas bater contra a mesa grande que tinha ali.

— Tenho. — respondi a sua pergunta em um quase sussurro.

Deus, eu estava nervosa?

Por que eu estava assim?

As mãos de Noah se colocaram uma em cada lado do meu corpo, apoiadas na beirada da mesa.

Ele estava próximo demais de mim, e mesmo eu não querendo essa aproximação com Noah, eu não podia, e nem tinha como negar, que meu corpo reagia bem a sua aproximação.

Quando senti sua respiração bater contra meu rosto, caiu minha fixa de que seu rosto estava a uma pequena distância do meu.

Meu olhar se desviou para sua boca, e era como se minha parte lógica não existia mais, eu não conseguia raciocinar direito, e nem sei se nesse momento eu queria pensar.

Eu queria beijar ele, só não queria admitir isso, e nunca admitiria isso em voz alta.

Nossos lábios finalmente se tocaram, e eu senti uma eletricidade passar pelo meu corpo. Eu não gostava do que Noah me fazia sentir, da maneira que ele fazia seu beijo se tornar diferente do que é com os outros garotos.

Eu não gostava de pensar que Noah tinha um poder sobre mim.

Senti seus dedos calmamente tocarem minha cintura, enquanto nossas bocas estavam grudadas.

Não vi o momento em que eu estava sentada na mesa, e Noah entre minhas pernas. Minhas mãos no seu cabelo, enquanto o beijo ficava mais rápido.

Seus dedos entraram por debaixo da minha camiseta, e eu soltei um gritinho separando nossas bocas por conta do gelo que estava sua mão em contato com a pele quente da minha barriga.

Vi Noah abrir um sorrisinho, e dessa vez eu não tive vontade de matar ele por abrir esse sorrisinho.

Dessa vez me permiti admirar de perto.

— Já sei de uma coisa que vou colocar na lista de três coisas que eu gosto em você, cacheadinha. — disse Noah e eu revirei os olhos, mas não sei porque um sorriso também brotou nos meus lábios.

Quando notei Noah reparando no meu sorriso, eu rapidamente tratei de me recompor e o empurrei, descendo da mesa logo em seguida.

Okay, agora o clima estava estranho.

— Acho que por você ter me distraído, você deve terminar de limpar o chão da cozinha. — eu disse e quando Noah ia protestar, eu já estava praticamente correndo para fora da cozinha.

Eu balancei a cabeça tentando esquecer da sensação que é beijar ele.

Mordi meu lábio inferior, enquanto mentalmente jurava a mim mesma que isso não se repetiria novamente.

I Hate You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora