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— Você e o Noah, estão tipo juntos? — Hina me perguntou enquanto andava ao meu lado no corredor da escola

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— Você e o Noah, estão tipo juntos? — Hina me perguntou enquanto andava ao meu lado no corredor da escola.

— Acho que é. — respondi um pouco confusa sobre o que responder.

— Como assim você acha?

— Eu não sei, a gente tem algo que nós não nomeamos. — eu disse e vi ela cruzar seus braços, encostando no armário ao lado do meu, quando parei para pegar meus livros.

— Isso não faz sentido.

— É, eu sei. — eu disse suspirando. — Mas, e você e o treinador? — perguntei querendo fugir daquele assunto.

— Nós não estamos namorando porque eu decidi que não era a coisa mais sensata a se fazer, já que ele é meu professor e minha mãe iria me matar se descobrisse... — enquanto Hina falava meu olhar desviou para algo atrás dela.

Noah conversava com uma outra garota, de cabelos pretos. O nome dela era Mary, estudei com ela no ensino fundamental. Parecia que a conversa estava boa, já que os dois riam. Senti uma estranha vontade de chorar, mas me controlei.

— Ei. — Hina estralou seus dois dedos na frente do meu rosto. — Você estava prestando no que eu dizia?

— Claro. — eu disse fechando a porta do meu armário com um pouco de força.

— Não parecia. — ela disse e eu revirei meus olhos. — O que você tanto olhava. — quando fez menção de virar o rosto para olhar, agarrei seu braço e a puxei começando a andar em direção a nossa próxima aula.

— Não importa, agora vamos porque daqui a pouco bate o sinal.

— Você é bipolar, do nada fica mal humorada. — ela disse sobre o meu rosto, que claramente estava emburrado, e novamente eu revirei meus olhos.

Nos separamos quando chegamos na porta da minha sala e depois ela foi em direção a sua. Entrei e me sentei na cadeira de costume, cruzando meus braços e tentando não pensar sobre o que eu vi.

Eu não tinha motivos para ficar com ciúmes.

Na verdade eu tinha sim, ontem eu estava em sua casa, na sua cama e hoje ele está conversando com outra. Mas talvez fosse só isso. Uma conversa normal e eu estou pirando. O que eu não posso, é demonstrar para ele o que estou sentindo.

Escutei o sinal e aos poucos os alunos foram entrando, inclusive Noah. Ele se sentou ao meu lado com um sorriso.

— Bom dia, cacheada. — ele disse sorrindo para mim e eu o encarei não conseguindo controlar minha expressão.

— Oi. — disse apenas e abri meu caderno, tentando a todo custo ignorar ele.

— Porque está estranha? — me perguntou.

— Eu não estou estranha. — eu disse vendo que a matéria que o professor passava na lousa.

— Você parece estranha pra mim. — escutei ele murmurar, enquanto sentia seu olhar em mim. — Fiz algo de errado?

I Hate You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora