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Como meu pai disse que não vai mais me pagar nada, decidi ir procurar um emprego hoje e Noah vai me levar

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Como meu pai disse que não vai mais me pagar nada, decidi ir procurar um emprego hoje e Noah vai me levar. Eu sei que minha mãe disse que eu não precisava do dinheiro dele, já que agora ela trabalha, mas eu quero ter o meu próprio dinheiro, assim ele não vai mais poder querer me controlar.

Decidi começar pelo centro, mas sempre me diziam que não estavam precisando de funcionários no momento e se precisassem, me chamavam, mas eu sentia que não iriam me chamar. Estava começando a desanimar conforme ficava mais tarde.

— Acho que eu desisto. — eu disse suspirando, enquanto segurava meus currículos nas minhas mãos.

Eu estava soada por conta do calor e do tanto que andei.

— Vamos tentar no shopping. — sugeriu Noah.

O shopping não ficava tão longe do centro, e não custa muito tentar.

— Eu conheço alguém que talvez possa te ajudar. — disse Noah quando entramos no seu carro.

— E porque não disse antes? — perguntei cansada.

— Porque agora que eu me lembrei, coisa cruel e linda. — ele disse dando de ombros e ligando o carro.

— E quem é?

— Uma amiga. — ele disse e eu ergui uma sombrancelha.

— Uma amiga?

— Está com ciúmes? — perguntou segurando o sorriso e eu revirei meus olhos.

— Lógico que não, idiota. — eu disse prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo por conta do calor.

— Tem certeza? — ele perguntou com aquele maldito sorrisinho.

— Tenho. — eu disse começando a ficar irritada por ele ficar insinuando que eu estou com ciúmes.

Ele balançou a cabeça, focando na estrada enquanto dirigia rumo ao shopping. Não demorou para chegarmos e Noah me levou diretamente na direção da loja que a tal da sua amiga trabalha.

Andamos um pouco, até entrarmos em uma loja grande de sapatos.

— Precisam de ajuda? — uma atendente perguntou a nós.

— Estou procurando a gerente. — Noah disse para a funcionária da loja.

— Aconteceu alguma coisa para está procurando ela? — perguntou a funcionária franzindo o cenho.

Quando Noah abriu a boca para falar, foi interrompido pela voz de uma mulher.

— Tudo bem Angélica, é um conhecido meu. — disse uma mulher loira e exageradamente elegante atrás de nós.

A funcionária que estava falando com Noah antes, se afastou deixando nós a sós no meio da loja.

— Noah, que surpresa você por aqui. — ela disse sorrindo.

Ela era bonita e eu dava pra ela uns 30 anos.

— Preciso pedir um favor. — disse Noah sorrindo. — Na verdade, esse favor é para minha namorada Any. — disse me apresentando.

— Namorada? — perguntou surpresa e um sorriso apareceu no seu rosto quando direcionou seus olhos verdes para mim. — Eu sou Louise. — disse estendendo a mão na minha direção pra mim apertar.

— Prazer, eu sou Any. — eu disse apertando sua mão e falando novamente meu nome, mesmo que Noah já tenha o dito.

— Qual seria o favor? — perguntou ela revezando o olhar entre mim e Noah.

— Um emprego para ela. — disse Noah. — Você disse que precisava de funcionários.

— Ah, que ótimo. — ela disse sorrindo. — Podemos conversar sobre a vaga disponível, e como é uma recomendação sua posso aceitar.

— Sério? — perguntei sorrindo.

— Sim, é claro. — ela disse e então me chamou para conversar no seu escritório, enquanto Noah esperava lá fora.

Ela me perguntou sobre disponibilidade de horário e mais algumas coisas do tipo se eu tenho interesse em fazer faculdade, e essas coisas.

Depois que ela parou com as perguntas, se levantou e eu também me levantei, um pouco nervosa por estar na presença dela. Essa mulher é realmente muito elegante, e eu me pergunto da onde Noah conhece ela.

— Sabe Any, eu sou uma pessoa muito intuitiva e eu confio muito nos meus instintos e sabe o que eles dizem sobre você?

— O que? — perguntei curiosa e com um pouco de medo talvez.

— Que você é uma boa garota, a vaga é sua. — ela disse e eu não consegui controlar meu sorriso.

Saímos do seu escritório e Noah veio ao nosso encontro.

— Então?

— Sua namorada começa na segunda. — ela disse e eu sorri abertamente. — E você também.

— Como assim eu também? — Noah perguntou mudando o semblante para uma careta.

— Eu prometi para sua mãe que eu cuidaria de você, e eu vou cuidar. Você precisa aprender a trabalhar, se não vai ser um menino mimado para sempre. — ela disse e eu ri da parte do menino mimado.

Mas Noah não gostou disso, o que deixa mais engraçado.

— Eu não preciso trabalhar. — ele disse ainda fazem careta.

— Para de ser mimado e aceita. — eu disse o empurrando de leve pelo ombros, fazendo ele me olhar feio e eu sorrir mais com isso.

— Eu sou péssimo nisso, você vai perder clientes. — ele disse e Louise revirou os olhos.

— Eu tenho algumas coisas para resolver, foi um prazer conhecer você Any. — ela disse pra mim, ignorando totalmente o Noah.

— Igualmente. — eu disse sorrindo.

— Eu vejo os dois aqui segunda. — disse dando ênfase no "os dois" olhando para Noah.

— Pode deixar. — eu disse feliz.

Ela se despediu de nós e eu e Noah saímos da loja.

— Desmancha essa cara, além de eu ter conseguido um emprego, você também conseguiu. — eu disse feliz entrando no seu carro.

— Eu não quero trabalhar, Any. — ele disse ligando o carro.

— Para de ser metido, vai ser legal a gente trabalhar juntos. — eu disse sorrindo e vi um leve sorriso aparecer nos seus lábios, enquanto ele me encarava. — Afinal, você não me disse da onde conhece ela?

— Ela era melhor amiga da minha mãe, vivia lá em casa. — ele disse sorrindo. — Praticamente minha tia.

— Ela parece ser legal.

— É, ela é. — ele disse enquanto saia do estacionamento do shopping.

Eu estava me sentindo muito bem em saber que eu consegui um emprego e que eu estava a um passo de me livrar das cobranças idiotas do meu pai.

Não demorou muito para o carro parar em frente a minha casa.

— Obrigada. — eu disse me lembrando que não agradeci a ele por ter me ajudado.

— Não precisa agradecer. — ele disse sorrindo e aproximando o rosto do meu, para me dar um selinho na minha boca, que eu fiz questão de transformar o selinho em um beijo de verdade.

— Tchau. — eu disse quando paramos de nos beijar, ainda sentindo a sensação dos seus lábios nos meus.

— Tchau, até amanhã. — ele disse sorrindo e eu também sorri quase automaticamente quando olhei o seu sorriso.

I Hate You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora