Capítulo 88

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– O que tá acontecendo é que a tua namorada tava me dando moral

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– O que tá acontecendo é que a tua namorada tava me dando moral. Infiel pra caralho - Ele falou e eu ri indignada

– Vai se fuder, garoto. Para de ser mentiroso - Falei brava

– Ficou nervosinha? É porque é verdade - Ele disse debochado

– Você vai ver a verdade quando eu te agredir, filho da puta - Falei alto e ele riu

– Cuidado, cara, pra não ficar cheio de chifre na cabeça - Ele disse

Quando o Gustavo ia pra cima dele, eu segurei ele.

– Não vale a pena, Gus - Falei pro meu namorado

O outro saiu rindo e foi pro carro dele.

– Que história é essa, Antonella? Você estava dando moral pra ele? - Perguntou alterado e eu revirei os olhos

– Entra que a gente conversa. Eu não vou falar contigo nesse estado e aqui na calçada - Eu falei e fui entrando sendo seguida por ele

– Fala - Disse emburrado

– Achei que pra você estivesse óbvio que ele estava mentindo. Você me conhece, sabe do meu caráter e da minha índole, já te disse que não tem porque desconfiar de mim - Falei  olhando nos olhos dele

– Eu vi muito bem a aproximação de vocês ali naquela porta, vai saber o que rolou dentro da casa. E cadê as tuas amigas? Nem elas vieram e eu fazendo papel de otário - Ele falou

– Cara, você tá maluco. Olha tudo o que você tá dizendo, beira a loucura - Falei

– Sim, devo estar muito louco mesmo - Ele gritou e eu fiquei brava

– Você baixa o tom de voz pra falar comigo. Nem o meu pai grita comigo, não vai ser você o primeiro homem a fazer isso - Falei no mesmo tom

– A questão é: eu vi a forma que ele estava perto de você e você não afastou - Ele disse, agora, com a voz baixa

– Além de tudo você tá cego, né, Gustavo? Por que não é possível. Você viu eu afastando ele, brigando com ele, cara - Falei já cansada daquele assunto

– Isso tudo poderia ter sido evitado se você não fizesse esse trabalho com ele - Falou e eu neguei

– Até porque eu tenho autoridade pra passar por cima do que o meu professor disse, né? As meninas estavam aqui também e, mesmo que não estivessem, você deveria confiar em mim - Falei

– Se coloca no meu lugar. Você não gostaria de ver uma mina que eu já fiquei na minha casa, sozinha comigo, aí você chega tá ela quase me beijando. Porra, Antonella - Ele falou e passou as mãos no cabelo, claramente nervoso

– Não, eu não gostaria, mas eu não estava sozinha com ele. As meninas estavam aqui - Repeti

– Mesmo assim. Eu cheguei e estava só vocês dois, ainda vi aquela ceninha, porra - Ele falou

– Eu amo você, Gustavo. Não tem porque esse show todo - Falei já cansada disso tudo

– Show? Porra, Antonella. Você sabe que eu sou ciumento pra caralho, eu sei que esse maluco continuava dando em cima de ti mesmo sabendo que a gente namora, não tem como eu reagir bem em relação a isso - Falou

– Eu não fiz nada de errado pra você estar me tratando assim e me olhando decepcionado como se eu tivesse de fato te traído com ele - Falei chateada e segurando as lágrimas

Qual é, eu sou durona, mas chorona na mesma proporção.

– Eu não sei o que pensar - Ele falou

– Você foi o único que eu disse sim e resolvi dar uma chance mesmo com os meus medos, receios e traumas. Se isso não basta pra ti eu realmente não sei o que você espera de mim - Falei suspirando

– Cara, eu cheguei aqui e vi a proximidade de vocês. A única coisa que no momento passa pela minha cabeça é que você me traiu - Ele falou

Escutar isso foi como se eu tivesse levado uma facada. Porra, eu amo ele, não tem porque toda essa desconfiança.

– É, talvez fosse melhor eu ter... - Desisti de terminar a minha fala

– Termina o que você ia dizer - Ele falou

– Vai embora da minha casa, Gustavo. Eu nunca te dei motivos pra desconfiar de mim, mas se você duvida do meu caráter não tem porque a gente continuar juntos - Falei e limpei as lágrimas que caíram pelo meu rosto

Parece que quando eu falei isso ele caiu na real porque me olhou assustado.

– Anto, não é assim também - Falou baixando a guarda

– O que tá acontecendo aqui? - A minha mãe chegou ali perguntando

O meu pai só olhou pra mim e já notei ele fechando o punho. Rip Gustavo.

– Nada. Eu não quero falar. Só manda ele ir embora daqui - Falei e fui saindo da sala

Escutei ele gritando pra mim, queria vir atrás de mim, mas o meu pai não deixou.

Eu subi as escadas voando e fui pro meu quarto trancando a porta.

Me permiti chorar ali. Eu nunca dei motivo pra tanta desconfiança. Eu entendo as inseguranças dele, mas eu tenho as minhas e nem por isso fico desconfiando dele.

Sinceramente? Não sei o que vai ser de nós aqui pra frente.


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