Antonella é estudante de Medicina e tem uma base familiar muito boa. Ela sempre recebeu carinho, amor e proteção. Dona de uma personalidade forte, é decidida no que quer e está totalmente fechada para o amor, nem busca por isso.
Do outro lado, Gusta...
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Voltamos a rotina normal de faculdade e estágio. Graças a Deus faltava poucos meses para a minha tão sonhada formatura.
Nesse momento eu estava no escritório trabalhando e não só fingindo que trabalho, estava vendo uns casos e pensando na melhor maneira de resolvê-los.
Escutei baterem na porta e mandei entrar.
– Preciso falar com você - Maurício falou entrando e se sentando na cadeira à frente da minha mesa
– Pode falar - Falei prestando atenção nele
– A gente vai precisar ir pra São Paulo resolver um dos casos, resolvemos na sexta e sábado tem palestra para os estagiários - Ele disse explicando
– A gente eu estou incluso nessa? - Perguntei e ele concordei
– Óbvio que sim. Eu te escolhi pra isso porque te acho capacitado o suficiente - Ele falou e eu assenti
– Qual é dessa palestra? - Perguntei
– Palestra pra conhecimento e acredito que vai sanar de vez as tuas dúvidas após formado - Ele falou e eu concordei
– Porra, a Antonella vai ficar pistola. Eu ia viajar com ela - Falei lembrando
– Se explica com ela. Trabalho e conhecimento em primeiro lugar - Falou e eu respirei fundo concordando
– Certo - Respondi
– Vamos na sexta e voltamos no domingo. Dos estagiários chame você, o Vitor e mais dois. Vão mais três advogados porque a gente precisa resolver o caso na sexta mesmo - Ele falou
Trocamos mais algumas palavras e logo ele saiu da minha sala.
Caralho, eu amo o meu trabalho e entendo que ele tem que vir em primeiro lugar, mas a Antonella não vai entender isso muito bem. Conheço a namorada que eu tenho.
Preferi resolver isso depois, pessoalmente, com ela. Voltei a focar no que eu estava fazendo.
[...]
– Oi, amor - Ela falou entrando no meu carro e me dando um selinho
Eu tinha saído do estágio e vindo direto buscar ela na casa dela.
– Oi, gata - Cumprimentei ela
A mesma colocou as mochilas no banco de trás do carro e logo eu sai dirigindo.
– Meu pai falou que você tinha algo pra me dizer. Não entendi - Ela disse me olhando
– Caralho, o teu pai é um boca de sacola mesmo - Falei e ela riu
– Diz aí o que você tem pra me dizer - Ela falou
– Espera a gente chegar no meu ap - Falei pra ela que negou
– Fala logo. Não enrola - Ela disse
– Não vou falar. Nem tudo tem o que ser na hora que você quer e do seu jeito, amor - Eu falei paciente
– Beleza - Ela disse e virou o rosto pra janela olhando pra fora
– Pô, amor. Não tem porque ficar de cara fechada pra mim - Eu falei e ela me ignorou
Preferi deixar ela quieta pra gente não acabar brigando. O caminho até a minha casa foi rápido, pois não tinha trânsito.
Quando cheguei, estacionei o carro na minha vaga e logo descemos.
– Já estamos aqui. Pode falar - Ela disse assim que eu fechei a porta
– Promete que vai entender? - Perguntei
– Não tem como eu prometer algo que não sei o que é. Primeiro fala e depois eu respondo se sim ou não - Ela falou me olhando
– Vem cá - Falei e peguei a mão dela a puxando para se sentar no sofá comigo
– Estou começando a ficar preocupada - Ela disse me olhando
– A gente vai ter que cancelar a nossa viagem - Eu falei direto
– Ué, por quê? Você não quer mais viajar comigo? - Ela perguntou confusa
– Tenho um caso do escritório pra resolver em São Paulo. Vou na sexta depois da aula - Eu falei
– Cara, porque você falou antes? Eu estava animada pra viajar e tirar um tempinho só nosso, o lugar que eu encontrei é super confortável - Falou com a voz chateada
– O teu pai me comunicou só hoje. Se fosse antes não teria marcado a viagem, vida - Falei e ela concordou
– Trabalho, né? - Perguntou e eu assenti
– Sexta a gente vai resolver o caso, no sábado tenho uma palestra e voltamos no domingo - Expliquei
– Tudo bem - Ela falou
– A gente marca pra outro dia - Eu falei pra ela
– Aham, pode ser - Ela falou desanimada
– Eu não quero que você fique chateada comigo, sendo que eu fui pego de surpresa e comunicado de última hora - Falei explicando
– Não tô chateada com você, só com a situação em si mesmo. Estou acostumada com o meu pai avisando tudo de última hora, nunca gostei disso - Falou e eu concordei
– Vai ser rapidinho. Eu volto no domingo, se quiser pode me esperar aqui em casa e a gente dorme juntos - Falei
– Vou ver isso certinho, quem sabe eu venha - Ela falou
– Cê tem a minha chave, é só vir - Falei olhando pra ela
– Não vou confirmar nada, mas caso der eu venha - Falou e eu respirei fundo concordando
– Te amo, gata - Falei e a puxei pro meu colo
– Te amo - Falou e me abraçou
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