MISSION #1
Ser filha de um dos melhores agentes da CIA, sempre foi algo na qual Allie se orgulhava. Paul Bridgers trabalha como espião há anos, e mesmo depois do terrível assassinato de sua esposa, ele não desistiu de seu emprego mesmo sabendo os ri...
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Allie
Quatro dias se passaram desde o dia que vi aquele homem me vigiando ao lado de fora da casa de Hailey. Meu pai está estranho desde então, parece mais atento quando se trata da minha segurança, também parece estar querendo me dizer algo mas não consegue.
Eu sabia que ele estava escondendo algo de mim, mas não perguntei sobre o que se tratava, conhecia meu pai bem o suficiente para saber que em algum momento ele me contará o que está escondendo.
Ethan e eu estamos passando mais tempo juntos. Nós almoçamos juntos em um restaurante da universidade com Luke e Hailey, depois ele me encontra no campus quando temos um intervalo longo entre as aulas. Estamos trocando mensagens todos os dias, de manhã, de tarde e até tarde da noite.
Estou me sentindo tão feliz nestes últimos quatro dias, mesmo sabendo que há um homem por aí me perseguindo. Conversar com Ethan é como se tudo a minha volta parasse por alguns minutos, passar o tempo com ele fazia com que eu me sentisse segura. Tinha momentos que estávamos conversando, e me pegava olhando fixamente para o seu rosto, apreciando a sua beleza, olhando ele com admiração e carinho.
Não sabia exatamente o que estava sentindo por ele, mas eu sabia que era algo. Todas às vezes que olhava para Ethan era como se não pudesse olhar para mais nada. Apesar de ser convencido e a fama de arrogante, Ethan tinha um lado doce e gentil, e ele estava me mostrando esse lado. De todas as pessoas nesta universidade, nunca achei que eu seria a pessoa que o conheceria de verdade.
Nunca me senti assim antes. Nenhum outro garoto conseguiu me fazer sentir o que Ethan me faz sentir. Segura, Confortável, onde posso ser eu mesma, que me olha de outra forma e não apenas como um objeto para me usar e depois descartar. Ele era mais incrível do que eu poderia imaginar.
Um sorriso surgiu em meus lábios quando me lembrei de seu sorriso alegre e contagiante, os seus olhos pretos misteriosos, que escondem uma gentileza e empatia, seu cabelo macio, os seus lábios carnudos e avermelhados que estou sempre olhando.
Ainda estava sorrindo quando espetei um morango com o garfo, levando-o em direção da minha boca.
— Ei, que sorriso é esse? — Inez perguntou, aproximando-se do sofá na qual eu estava sentada.
Era fim de tarde, o sol invadia toda a sala, deixando todo o ambiente alaranjado e me fazendo lembrar que o verão já estava chegando ao fim.
Ergui meus olhos verdes para Inez, vendo-a me olhar.
— Sorriso? Não estou sorrindo — Falei, pegando um pedaço de banana e o mastigando, fazendo o sorriso que estava em meu rosto sumir.
