capítulo 36

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Allie

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Allie

Uma sensação estranha tomou o meu peito quando estacionei o carro de Graham em frente à minha casa. Tudo estava escuro ao lado de dentro, as janelas estavam fechadas assim como as cortinas. A rua ainda continuava silenciosa e vazia, como em todas as noites.

Meu pai e eu caminhamos lado a lado em direção à porta de casa. Eu não estava com as chaves, mas, por sorte, a chave que meu pai tinha entregado para Graham antes de ir para Londres, ainda estava no porta-luvas em seu carro. Graham vinha logo atrás de nós, mantendo distância entre meu pai e eu.

Assim que abrimos a porta de casa e meu pai acendeu a luz... Eu senti como se não estivesse ali há anos. Quando entrei e fiquei imóvel no meio da entrada, olhando tudo a minha volta, de repente sentia que a minha vida tinha mudado completamente desde que estive em casa pela última vez. Eu também tinha mudado, não era mais a mesma pessoa. Era estranho entrar em sua casa depois de tanto tempo longe, depois de tantas coisas que presenciei e vivi no último mês.

Tudo permanecia no mesmo lugar, completamente intocáveis e arrumados, exceto pela poeira que estava presente no lugar. Meu pai parecia compartilhar os mesmos pensamentos e sentimentos que eu, ele estava calado enquanto andava lentamente por todo o ambiente, observando a nossa casa como se fosse a primeira vez que entrava aqui.

Graham estava atrás de mim, observando tudo atentamente, ele parecia estar lendo minha mente e todas as emoções que estava sentindo naquele momento.

— Eu achei que não fosse voltar para casa.

As palavras do meu pai me atingiram bem no estômago, fazendo a pouca comida dentro de minha barriga se revirar.

Apenas em pensar que meu pai poderia estar morto agora...

— Como eles conseguiram pegar você tão facilmente, pai? — Perguntei, cruzando os meus braços e olhando ele confusa. — Você nunca foi pego antes, já enfrentou pessoas piores do que o Aaron e o George, porque eles conseguiram pegar você assim tão fácil? É quase como se você tivesse se entregado à eles.

O meu pai não me respondeu, ele nem mesmo parecia respirar. Meu pai apenas me encarou fixamente, seu olhar completamente irreconhecível através da barba grande que cobria todo o seu rosto.

Ele soltou um suspiro pesado.

— Eu estou exausto agora, querida. Preciso de um longo banho e preciso tirar essas roupas. — Ele anunciou. — Podemos conversar sobre tudo o que aconteceu no último mês amanhã? Essa noite só quero finalmente poder descansar em uma cama de verdade e comer comida de verdade.

Espremi meus lábios, me arrependendo no mesmo instante por ter feito aquelas perguntas à ele.

— Tudo bem, falamos amanhã. Pode ir tomar um banho, vou preparar algo para você comer.

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