MISSION #1
Ser filha de um dos melhores agentes da CIA, sempre foi algo na qual Allie se orgulhava. Paul Bridgers trabalha como espião há anos, e mesmo depois do terrível assassinato de sua esposa, ele não desistiu de seu emprego mesmo sabendo os ri...
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Allie
Foram longas dez horas de viagem até Londres, pousamos apenas uma vez durante todo o percurso. Pousamos em um aeroporto particular da CIA em Nova York para abastecer o avião e para trocarmos de piloto. Graham e eu quase não nos falamos durante toda a viagem.
Eu não estava com raiva dele, apenas irritada e um pouco decepcionada. Ele escondeu a verdade de mim, e mesmo que o meu pai tenha pedido a ele que não contasse, achei que já tivéssemos ganhado a confiança um do outro o suficiente para que ele me contasse tudo.
Ok, confesso que talvez tenha sido um pouco grossa demais com ele, e talvez eu esteja exagerando. Mas, tenho o meu direito de ficar irritada pelo menos um pouco.
Quando estávamos discutindo em seu quarto, Graham me disse coisas que me deixaram surpresa e muito pensativa. Porém, tentei não pensar muito sobre as suas palavras durante a viagem, não queria olhar para ele dentro do avião e relembrar de tudo que falamos um ao outro. Passei quase a viagem inteira lendo um livro que tinha levado, mal peguei no celular, pois sabia que teria muitas mensagens falando sobre Ethan, notícias no jornal da cidade dizendo sobre a sua morte. E pensar sobre a perda de Ethan me machucava.
E eu provavelmente deveria estar em casa, sofrendo pela sua morte, passando um bom tempo em luto e lamentando pela sua perda. Claro que eu estou fazendo tudo isso, estou sofrendo mais do que conseguiria explicar para qualquer pessoa, estava sentindo uma saudade enorme e uma culpa ainda maior. É claro que eu estava sofrendo pela morte dele, só não gostava de pensar e lembrar de como ele morreu em meus braços.
Quando fecho os olhos consigo ver o seu rosto pálido e ficando gelado aos poucos.
Ainda estava pensando em Ethan e em sua morte quando descemos do avião após pousarmos no aeroporto privado da CIA em Londres. E continuei pensando nele quando entramos em um táxi com um motorista com o sotaque britânico e eu vi os prédios turísticos e os lugares de Londres aparecerem no meu campo de visão.
O sol iluminava as ruas de Londres, as pessoas caminhavam pelas calçadas, entravam em lojas caras e famosas na cidade, os ônibus vermelhos de dois andares passavam ao nosso lado, levando os turistas pela cidade. Eu observava tudo com atenção e em silêncio, enquanto Graham conversa com alguém pelo celular, me perguntei se ele estava falando com Dean ou com Inez.
Já tinha vindo à Londres com o meu pai. Foi uma viagem rápida de uma semana, meu pai precisaria trabalhar na semana seguinte, mas, apesar de ter sido rápido, nos divertimos bastante e conhecemos diversos lugares.
O hotel que íamos ficar hospedados era longe do aeroporto, levamos quase quarenta minutos para chegar. Mas assim que chegamos, não pude deixar de notar a imensidão do lugar. Aquele Hotel era tão sofisticado quanto o Hotel Young, que ficava perto de minha casa. Quando retiramos nossas malas do carro e entramos no lugar, fiquei admirada com a beleza da recepção do Hotel.
