🥈Concurso Nove Caudas; 2° lugar na categoria Fantasia
🥈 Concurso Mistérios de Roma; 2° lugar na categoria Fantasia
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"As mentiras são o mel que adoça a boca dos que possuem o poder maior."
Uma mentira, uma manipul...
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𓁧 Ísis 𓁧
Meu corpo está dormente e minha mente vagando como se estivesse apenas observando tudo de fora. A visão do triunfo.
Não consigo me recordar de muito depois de ser engolida Apep, eu deixei que ele fizesse isso, deixei que me devorasse como fazia com Rá. Lá dentro apenas fechei meus olhos e sussurrei o nome mais poderoso, o nome do deus sol atrelado ao feitiço criado para potencializar uma grande explosão de poder. Sangue cobre meu corpo e milhares de pedaços do corpo da antiga personificação do caos caem sobre a terra destruída do que já foi o paraíso de juncos. Conjuro o livro dos mortos perante mim, disseminando minha última tarefa trazendo de volta à vida todo deus que pereceu contra a serpente.
Lentamente, quando a visão de todos os deuses vivos está clara, meus sentidos começam a retornar a mim e junto deles a exaustão incrustada em meus ossos. Meus olhos vagueiam por todos os cantos a procura de uma pessoal, até eu vejo ao longe uma cabeleira loira... caída no chão.
— Guilherme! — enquanto todos ainda estão observando curiosos os deuses retornando, bato minhas asas até parar ajoelhada ao lado do corpo desacordado do meu namorado. — Não, você não pode está morto. Acorde, por favor, acorde...
Lágrimas já começam a correr pelas minhas bochechas, o medo me dominando novamente. Não posso perdê-lo, não posso. Coloco meu ouvido em seu peito já tremendo e chorando, catalogando ao menos cinco feitiços para trazê-lo de volta a vida caso necessário, até que sua mão fraca acaricia meu cabelo.
— Não vou morrer... — ele sussurra e meu coração parece bater novamente. Sem lhe dar um tempo, agarro seu rosto colando seus lábios nos meus, sendo correspondida imediatamente. Um beijo carregado de medo, alívio e felicidade. Ele está vivo.
— Pela sagrada Nut, você está vivo. — é tudo que digo quando nos separamos e ele sorri, meio exausto.
— Não posso morrer, preciso ser seu humano estupido por mais tempo.
— A GENTE TÁ VIVO, PORRA! A GENTE SOBREVIVEU A UMA FODIDA GUERRA DE DEUSES! — Gustavo berra em um misto de emoções que eu não sei exatamente como definir. Em poucos instantes os amigos e irmãs do loiro estão ao nosso redor nos envolvendo em uma grande abraço coletivo.
— VAMOS FAZER ISSO DE NOVO! — Giovanna diz entorpecida pela euforia sendo respondida por um "NÃO" traumatizado e horrorizado de Alice, nos fazendo gargalhar.
— Nunca mais vamos fazer isso. — Alice adverte.
— Eu também não quero mais uma dessas. — diz Anna.
— Essa aventura já pode valer pelos próximos quinhentos anos. — É a vez de Felipe dizer.
— Obrigada, pessoal. — me separo do emaranhado de corpos abraçados, olhando com ternura para cada um ali. — Obrigada de verdade, eu não conseguiria chegar até aqui sem vocês. Obrigada pelo tempo que passei com vocês no mundo mortal e por terem me acolhido com carinho, eu sou muito grata a todos e quero que saibam que considero vocês a minha nova família.