IX

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Clare.

Analiso o papel. Será que chamo? Não vejo motivos para ter o número de uma bruxa no meu celular.

Adiciono o contato.

"Palmito".

Mando uma mensagem avisando que salvei o contato e, como uma maçã antes de me dirigir para o quarto.

Depois de terminar, escovo os dentes e me deito para dormir. Olho o relógio.

18:00hrs.

Bom, nada melhor do que uma noite de descanso, né?

Quando sinto meu corpo começar a relaxar, meu celular vibra.

Por algum motivo, meu coração também.

Maldito susto do caralho!

Olho o aparelho e vejo uma notificação de Clare.

- Oi, bombom. Obrigado por hoje!

Gente? Será que ela está começando a dar sinais de que vai de arrasta pra cima?

- Não precisa agradecer! Por favor, não me mande mais mensagens, irei dormir. 😘

Emoji é coisa de velho, né? De qualquer forma, já foi.

Desligo o celular e pego no sono.

Acordo com o despertador estourando meus tímpanos.

5:50.

Maldita vida do jovem estudante.

Me levanto, sonolento, caminho até o banheiro e sigo minha rotina de sempre. Desço as escadas arrumado, pego uma maçã na geladeira e saio de casa, trancando a porta.

Encontro Clare no caminho. Me junto a ela silenciosamente e começamos a caminhar até a escola.

Estranhamente, ela não veio com nenhum insulto nem frase capaz de humilhar meio mundo.

Não comento.

Chegamos na escola e vamos direto para nossos lugares. Cumprimento meus amigos no caminho.

As aulas se passam e nada de Clare abrir a boca para conversarmos.

Não sei se é castigo ou benção.

Sigo esperando uma interação que não acontece.

Chega o intervalo, ela também não se levanta, permanece na carteira.

Essa menina morreu, só pode.

Vejo meus amigos esperando na porta da sala. Começo a caminhar até eles, mas paro. Me viro para minha dupla.

- Quer passar o intervalo com a gente?



(Perdoa o capítulo curtinho, não tinha mais o que escrever e não quis prorrogar para não ficar aquele capítulo arrastado)

Querida vizinha.Onde histórias criam vida. Descubra agora