A Maldição das Dunas

6. O começo da jornada

Alanis se econtra em um lugar desconhecido por ela, totalmente escuro e sombrio. Ela se sentia perdida ali, mas ao mesmo tempo sentia um ar nostálgico e familiar. Ela estava de pé, olhava em volta e não via nada além do completo breu, mas não a deixava assustada e nem apreensiva.

Aos poucos algo se iluminou na sua frente, se formando uma imagem. Ela se via quando criança e sua mãe brincando em um parque de Fontaine, ao olhar aquilo, ela sente uma pontada no coração, uma nostalgia e dor a atingiram.

Logo após veio uma cena em que a mãe dela esta deitada no chão, com a barriga coberta de sangue, e em sua frente estava Alanis criança, porém seus olhos estavam vermelho vivo e sua expressão era séria e indiferente. Alanis adulta que olhava pra tudo aquilo, estava em choque, ela queria que seus olhos estivessem a enganando, que era tudo mentira. Logo após, a imagem troca para uma cena do final do funeral de sua mãe, "Mas esse é o funeral de minha mãe... porque eu... não lembro...?" Pensa Alanis, confusa com a cena. Tinha poucas pessoas no funeral, mas eram quase todos rostos familiáres para Alanis, menos um, que fez Alanis olhar fixamente para ele para tentar reconhecer, porém foi sem sucesso. Em um segundo, a cena em questão muda, e mostra ela que acabara de chegar em casa com o pai, que a leva para seu laboratório "não se preocupe criança, voce não irá lembrar disso", sorri o pai amarrando a filha na mesa do laboratório, colocando um capacete em sua cabeça. Após ver a cena, Alanis fecha os olhos com força, ao ouvir os gritos de dor vindo de seu eu criança.

Depois veio o silêncio, e Alanis abre os olhos aos pouco, olhando para frente e vendo a ela mesma caída no chão, Cyno em cima dela para poder conter a mesma, e alguns Matras caídos do lado, ao fundo ela conseguia ver Collei assustada olhando para ela. Isso partiu o coração dela.

Alanis fecha os olhos com força "Prometi não chorar mais... só que... desculpa...mãe...", a garota não segura as lagrimas depois de tudo o que acabara de ver.

Ela repentinamente abre os olhos e está de volta a cabana, ela levanta bruscamente sua cabeça e vê collei a olhando. Alanis, que tava com o coração pesado demais pra conseguir segurar, acabou desabando e soltando toda sua tristeza naquele momento. Collei não consegue deixar Alanis daquele jeito, e tenta confortar passando a mão em sua cabeça. Para Collei ainda era difícil o contato, mas ela sentia que tinha que fazer aquilo para aliviar a dor da Alanis.

Depois de alguns minutos, Alanis estava mais calma, ela acaba se desculpando com Collei, que imaginou que seria pelo fato de ter chorado em sua frente, então apenas dizia para não se preocupar.

Elas se levantam e saem da cabana. No mesmo momento, Alhaitham e Cyno estavam vindo na direção delas e logo atrás o Tighnari.

— Vamos para o deserto daqui — Começa a falar Alhaitham para Alanis — eu sei o local onde originou esse virus, e lá poderemos achar alguma resposta.

— Certo... — Responde Alanis ainda triste.

— Eu-Eu vou também — diz Collei, pegando todos ali de surpresa, inclusive Alanis — Eu quero ajudá-la.

Essa última frase da Collei tira um pequeno sorriso dos labios de Alanis.

— Sabe que vai ser perigoso, não é? — Diz Tighnari andando em direção as duas.

— Sim, eu sei — responde Collei.

Tighnari percebe o olhar de Collei e então decide não impedir.

— Então vamos indo — Alhaitham diz, andando em direção a saída.

— Es-Espera... — diz Collei — Eu vou preparar umas coisas pra viajem, já volto.