Algum tempo antes de Alanis ir para Sumeru
— Conduzindo o teste 7.235, experimento A6, componente V55.
O cientista anota tudo em sua caderneta enquando observa a garota seminua inconsciente em uma mesa a sua frente. A iluminação era fraca, deixando o local com uma coloração meio avermelhada, havia vários frascos e tubos de ensaio esalhados pelo laboratório, e muitos equipamentos que para muitos era desconhecido.
O cientista se aproxima da garota e pega em um de seus braços, levantando levemente. Ao seu lado havia uma seringa e alguns tubinhos de vidro com etiquetas enumeradas.
Ele injeta em sua veia do braço a seringa e aperta suavemente para deixar o líquido transparente entrar de forma calma no corpo na garota. A garota começa a se mexer muito, mesmo estando inconsciente, sua pele vai formando rajadas pretas e seu cabelo vai mudando de tonalidade, o tornando branco. Ao terminar de injetar o componente, a garota abre os olhos avermelhados instantaneamente e empurra o cientista que o faz pousar do outro lado da sala, derrubando as prateleiras que ali tinha.
— A..lanis... — Diz o cientista com dificuldade, botando a mão sobre a costela.
A garota se levanta totalmente e olha para o Cientista no chão, com o olhar vazio, e vai em direção a ele. Temendo pela sua vida, o cientista tenta rastejar dali, indo em direção a porta que estava a sua direita, porém não conseguia se mover, pois os destroços da prateleira ainda estava em cima de suas pernas.
Quando chega perto, Alanis tira os destroços de cima das pernas do cientista, que faz o mesmo a olhar surpreso. A garota se agacha para ficar próximo a ele.
— Consegue se levantar, pai?
O cientista é pego no choque quando ouve a garota falar claramente com ele. A palavra "Funcionou" não parava de passar pela cabeça do mesmo, ainda encarando encantado a garota a sua frente.
— Finalmente deu resultado — O cientista sorria ignorando sua dor.
Alanis se levanta e olha o cientista de cima, com uma expressão séria em seu rosto.
— Então agora finalmente isso vai sair do meu corpo? — Perguntara a garota.
— Agora finalmente eu tenho o controle disso! — O cientista ria ainda sem se levantar e nem desviando o olhar da garota.
Alanis suspira tristemente, virando de costas para seu pai.
— Queria ainda acreditar que voce estava tentando me curar...
O cientista tenta levantar, mas sente uma dor aguda em sua perna, o fazendo gemer de dor. Alanis olha rapidamente para trás, mas depois se volta a direção que tava. Apesar de tudo, era seu pai que estava ali.
— Alanis, querida, ajuda seu pai aqui — dizia o cientista esticando a mão na direção da garota.
— Antes — Alanis vira apenas o rosto para olhar o seu pai — Me responde uma coisa. Quando voce vai tirar esse vírus de mim?
— Já falei sua estúpida, isso é um parasita, não um virus! — Respondeu rispidamente — E porque voce quer tirar ele? Voce tem força absoluta agora sem precisar de visão.
— Então porque não PÔS ISSO NO SEU CORPO!! — grita a garota irritada se virando para seu pai.
Alanis sentia que a raiva dominava seu corpo de uma maneira que ela não conseguia controlar. Ela não tava sendo ela mesma ali, era algo que a assustava.
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A Maldição das Dunas
FantasiaAlanis lutava a cada ano para impedir o avanço do virus em seu corpo. Seu pai pesquisava e estudava todos os dias alguma forma de curar sua filha, porém, com sua morte repentina, Alanis só teve uma escolha: Ir para a Nação da Sabedoria, para consegu...