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Flashback

...Antes do apocalipse começar

Alessa estava no laboratório de medicina da Universidade da Geórgia. Ela corria para guardar todos os materiais que estavam sobre o balcão. Mesmo com pressa, ela guardava metodicamente todos os tubos de ensaio e béqueres que estavam espalhados no lugar.

Less não era a melhor aluna da turma, mas era dedicada. Medicina foi o curso que o pai dela escolheu para ela fazer, mas no final até que ela acabou gostando das aulas. Ela gostava ainda mais dos seus colegas. Less era uma garota popular, ela era chamada para todas as festas e naquele mesmo momento estava atrasada para uma.

A garota arrumou apressada todos os cadernos dentro da sua bolsa e correu para fora do grande prédio. Ela foi até a sua Mercedes-Benz G55 do ano que o seu pai lhe deu por ter passado em mais um semestre na faculdade e arrancou com o carro dali.

Ela tinha que dirigir por quase duas horas para chegar no lugar onde seria a festa. "Merda, por que eles tinham que decidir fazer isso tão longe?", ela pensava enquanto arrastava o dedo pelo GPS para ver quanto do caminho ainda faltava.

O lugar era uma fazenda abandonada que alguns amigos dela ficaram sabendo que existia e decidiram dar essa festa lá. A fazenda ficava em um distrito bem mais pobre, por isso era tão longe de onde Less estava acostumada a andar.

As casinhas de madeira podre passavam pelo vidro de Less e sumiam no seu retrovisor conforme ela acelerava. O telefone tocou e ela atendeu, era a sua amiga Kyle a apressando para que ela chegasse logo.

-Estou fazendo tudo o que posso, Kyle, não tem como eu simplesmente me teletransportar até aí- Alessa argumentou e ouviu a amiga resmungar do outro lado da linha.

As duas se despediram e Less pisou fundo no acelerador. As casas e comércios agora sumiam muito mais rápido no seu retrovisor. Less segurava firme o volante, mas um buraco no meio da rua desgastada fez com que o seu carro pulasse e tudo o que estava dentro dele pulasse também.

A Mercedes perdeu o controle e começou a ir de um lado para o outro. A garota controlou todas as investidas do carro no volante e diminuiu a velocidade até que a caixa de metal assassina parasse por completo ao lado de uma calçada.

A respiração de Alessa estava agitada, assim como os batimentos do coração em seu peito. A garota pulou para fora do carro e deu uma volta ao redor dele. O pneu do lado do passageiro tinha furado. "Maldito buraco! Maldita rua velha! Maldita cidade!", ela xingava em sua mente enquanto ainda tentava recuperar a postura.

Ela foi até a traseira do seu carro e pegou as ferramentas para trocar o pneu, mas ela não tinha idéia do que fazer com aquelas coisas. Less encaixou a chave de roda em um dos parafusos que tinha ali e tentou girar com a mão direita, mas aquilo não se moveu nem um milímetro. Então ela tentou com as duas mãos, mas fracassou outra vez.

O suor já estava escorrendo da sua testa quando a garota decidiu subir em cima da chave. Ela segurou no teto do carro e usou todo o seu peso para girar a chave, mas não teve sucesso. Com raiva, a garota forçou pulinhos sem sair de cima da chave, mas também não adiantou.

Ela olhou o seu reflexo no vidro escuro do carro e percebeu o seu rosto vermelho, Less só não sabia se aquilo era por raiva ou cansaço. Alessa finalmente desistiu. Ela olhou em volta, mas não viu uma alma viva andando por ali para que ela pudesse pedir ajuda.

Less trancou o seu carro e começou a caminhar. De longe ela avistou o que parecia ser um bar e foi até lá. Ela se aproximou dos três homens que conversavam do lado de fora e com um sorriso no rosto chamou:

Destinos Cruzados | Daryl Dixon | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora