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Flashback

...Depois que o apocalipse começou

Antes do Santuário, Alessa vivia em um lugar chamado "Riverland". Era uma comunidade rural que tinha um rio passando pelas suas costas. Mas esse não era o primeiro lugar onde ela esteve depois que o apocalipse começou, antes disso ela estava com o seu pai e alguns amigos ricos dele em uma fazenda que eles chamavam de "O Bunker". Era um lugar super protegido- porém não o suficiente.

Em uma noite, várias eventualidades aconteceram trazendo uma horda de mortos para dentro dos muros dO Bunker. Naquela noite, os guardas do portão principal se distraíram em uma partida de um baralho que eles roubaram das coisas de um dos ricaços que eles protegiam e, enquanto eles jogavam o seu jogo, um gato amedrontado com uma horda de zumbis no seu encalço esgueirava-se por uma falha no muro próximo ao portão.

Enquanto todos dormiam, os guardas distraídos que deveriam estar protegendo o portão principal morriam devorados pelos mortos que conseguiram entrar seguindo o gato fujão através da fenda no muro. Os outros guardas entraram em alerta, mas quando encontraram de onde os gritos estavam vindo já era tarde demais. Os homens já estavam mortos e os zumbis estavam se espalhando pelo lugar.

Alguns guardas começaram a disparar tentando conter a horda, mas a maioria dos homens ali apenas pegaram as suas famílias que viviam no menor casebre de lá e fugiram. As luzes começaram a serem acesas e os ricaços começaram a sair para fora do casarão principal- um grande erro. Com a pouca luz da noite, foi fácil para os mortos agarrarem eles e tomarem conta do lugar.

Em um dos últimos quartos do casarão, Alessa e o seu pai olhavam um para o outro com os olhos arregalados enquanto escutavam os gritos lá fora. "O que vamos fazer?", ela perguntava, mas não era respondida. Seu pai levou o indicador erguido até os seus próprios lábios em um gesto pedindo silêncio e ela concordou com a cabeça.

Ele apagou a luz do abajur para não chamar a atenção do que estava lá fora para o quarto deles e em passos calmos ele foi até a porta. Alessa o seguiu como se ela fosse a própria sombra dele. O pai abriu uma pequena brecha na porta e pôde ver:

-Zumbis- ele sussurrou.

Mesmo vendo que os mortos estavam por todos os lados, ele se sentiu aliviado. Os mortos não eram a pior coisa que tinha do lado de fora dos muros. Poderiam ser homens invadindo o lugar e isso seria pior do que qualquer horda de zumbis.

Os dois ficaram ali naquele quarto por algumas boas horas. Os gritos já haviam parado e a luz do dia invadia o quarto por baixo da porta fazia algum tempo. O pai de Alessa se levantou e abriu a gaveta da pequena mesa de cabeceira que tinha ao lado da sua cama. O coração de Less começou a bater mais forte quando ela viu o pai pegar a arma que ele guardava lá.

-Vo-você vai sair do quarto?- ela perguntou com medo.

-A gente precisa sair, filha- o pai sussurrou de volta.

-Mas e se...- ela gesticulou com as sobrancelhas arqueadas.

-Vai dar tudo certo, não vou deixar nada te acontecer- ele a olhou com carinho, passando toda a confiança que ela precisava.

Os dois foram até a porta e a destrancaram. Eles abriram uma brecha pequena e espiaram por lá. "É agora, filha", o pai falou e saiu, puxando Alessa com a mão que ele tinha livre. Ela não teve muito tempo para pensar ou questionar. Quando ela percebeu, já estava vendo o pai empurrar um zumbi que vinha pela sua direita e atirar em um que tentava agarrar ele pela esquerda.

O som do tiro chamou a atenção de todos os mortos que estavam no lugar. "Corre", ele gritou e Alessa obedeceu. Quando eles finalmente saíram do casarão, viram a grama verde lavrada com sangue seco. Alessa levou a mão até a sua boca vendo os pedaços das pessoas que ela conhecia espalhados por todo o lugar.

Destinos Cruzados | Daryl Dixon | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora