Este capítulo contém descrição de violência física que podem ser gatilhos para alguns leitores. Aconselho ter cautela.
Espero que gostem. Não se esqueçam de votar e comentar suas melhores partes.
Rebecca
Assim que me vi cercada pelo Antony e a mulher que usava lingerie na casa do Francis, eu sabia que se eles me pegassem, meu dia não seria dos melhores e olha que já tive dias de merdas nessa vida.
Eu sei que o Francis está em algum lugar. Por algum motivo, eu o sinto, e isso me deixou um pouco mais calma.
— Então você é a predestinada do nosso alfa? Ainda não fomos apresentadas formalmente. Da outra vez, você se lembra bem, eu estava só de roupa íntima, porque sempre foi assim, eu nem usava nada, quando estava com lá, ele é muito ansioso, enfim.
— Aqui não, Melane. Um segundo é o suficiente pra ele aparecer. — O homem fala e só então percebo uma luz atrás dele.
Não pode ser. É uma espécie de portal do tempo, no momento seguinte, me viro e vejo o Francis, mas sou sugada pra dentro daquela brecha.
Não tenho tempo de raciocinar, mas a sensação de estar ali dentro é ruim. Meu estômago revira.
Saímos num outro lugar, parece um deserto. Não sei bem onde fica. Antes mesmo de qualquer palavra, Melane me dá um soco no rosto e sinto que quebrou minha mandíbula.
Sou empurrada pelo Antony e rolo pela areia quente, arranhando minha pele.
— Sua puta barata. Se não tivesse aparecido na frente dele, eu ainda estaria lá. Ele não teria me escorraçado daquele jeito.
Meu Deus, como dói, estou ajoelhada. Sinto gosto metálico em minha boca. — Porquê esta fazendo isso? Somos duas mulheres, não haja assim, ajudando um homem a me agredir. — Quando tento me levantar, ela me empurra e pisa em meu braço e o sinto quebrar. Grito, em desespero.
— Aproveita e desconta sua raiva nela, só quero o ato de misericórdia. Eu queria suas irmãs, acho que iria doer mais em você, mas elas não saíram mais de Argo, por isso, estamos aqui. — Ele me olha, como se eu fosse um verme.
A mulher puxa meus cabelos e com unhas pontudas rasga meu couro cabeludo. Me fazendo gritar de dor. — Para, por favor. O que eu te fiz?
— Você nasceu. Esse foi seu erro e o seguinte, ter aparecido na frente do Francis. Se tivesse ficado nos puteiros que costumava dançar, não estaria sofrendo, mas não, tinha que ir na floresta dos oráculos. — Ela me da um chute e se preparava para outro.
— Melane, agora não. Vamos, se não, podem nos encontrar. — Sou sugada novamente para dentro da abertura no tempo.
Meu corpo sente uma dor aguda. Pareço flutuar, mas a sensação não é boa. Saímos em outro lugar mas nem tive tempo de olhar em volta, retomamos a viagem e cada vez que isso acontecia, eu ficava mais fraca.
Chegou um momento que perdi a consciência. A dor, o cansaço, parecia que as viagens estavam drenando minha vida.
Se continuar nesse ritmo, não vou suportar. Meu nariz e ouvidos sangravam e apanas escutava as gargalhadas da mulher. Meu braço está torto, respirar dói.
Então, num certo momento, eles param e saímos novamente no deserto. Estou deitada em posição fetal, e levo chutes de todos os lados.
A mulher parece possuída. Ela grita e me xinga, não tenho forças para sequer proteger meu rosto.
— Chega Melane. Assim não sobrara nem corpo para devolver ao Francis.
— Eu quero mais, quero que essa puta sofra. Por causa dela, fui proibida de voltar para Argo.
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Francis e o anjo infiel - Livro 3
RomanceEle é o último dos escolhidos a encontrar sua predestinada. Quando finalmente esta diante de seu anjo, descobre que sua alma gêmea passa longe de ser inocente, e está de casamento marcado com outro homem. Sua natureza possessiva, não ficará nada fel...