24 - Dançado para a besta

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Mais um capítulo. Espero que goste. Não se esqueçam de votar e comentar seus melhores momentos. Boa leitura.

Rebecca

Estou deitada em nossa cama, uma semana após lua nova. Nunca vou esquecer as tantas experiências que essa data me trouxe.

Ter o meu lobo dentro de mim,  foi a sensação mais incrível do mundo. Sempre que me lembro, sinto um pulsar entre minhas pernas.

Francis está no banheiro, ouço o chuveiro ligado. Meu homem é perfeito, e no fundo, eu desejo que esteja grávida. Ele não tocou mais no assunto do remédio.

Estou deitada e rolo apenas para pegar meu celular que toca. — Alô? Johnny, meu Deus, que saudades estou de você. — Ouço um rosnado baixo, vindo do banheiro.

Estamos bem, e também com saudades. E as meninas? Teo está perguntando. Não conseguiu falar com elas.

— Eu prefiro falar com você pessoalmente. Vem passar alguns dias em Argo. — Francis sai nu, todo molhado do banheiro, os fios pingando e seu rosto não está feliz.

Não será um problema? Seu companheiro pode não gostar. Não quero te meter em confusão.

— Não gosto mesmo. No o quero aqui, ele não entrará em Argo. — Olho feio para ele que cruza os braços e me encara, sei que está irado. Agora já posso sentir um pouco de suas emoções.

— Deixa o Francis comigo, quero muito ver vocês e falar sobre as meninas. — Minha voz sai embargada.

Becca, o que aconteceu? Se você diz que não tem problemas, então nós vamos. — Trocamos mais algumas palavras e ele desliga avisando que virá no outro dia.

Ele continua nu e sentado na poltrona, na penumbra, sei que está no limite. — Eu preciso conversar com eles. São meus amigos, minha família.

Ele sorri amargo. — Sua família? Ele é a porra do seu ex-noivo, Becca. — Ele fala meu apelido com certo escárnio, ele nunca me chama assim.

— Ele me ajudou quando eu mais precisei. — Ando em sua direção. Ele faz um sinal de não e paro onde estou.

— Novamente, você decidiu as coisas sozinha. — Ele passa as mais pelos cabelos, está com ciúmes.

— Francis, seja razoável. Eu não sinto absolutamente nada, além de amor de irmã por ele. Eu tenho gratidão pelo que o Johnny fez por mim e as meninas.

— Você não convida seu ex noivo para nossa casa, sem perguntar o que eu acho. Vou correr. Não espere por mim. — Ele se transforma e pula pela janela do nosso quarto.

Tempos depois, ouço ele uivar distante. Está zangado. Desço para jantar. Assim que chego a cozinha, descubro que Aurora e Luara ainda estão aqui.

Elas me cumprimentam e as convido para jantar. — Meu líder está uivando com raiva. — Escutamos mais um som potente dele. — Esta tudo bem? — Luara questiona desconfiada.

— Eu convidei o Johnny e Teo para virem me visitar.

Aurora cuspe o suco e começa a tossir. — Amor, o que ouve? — Em segundos, Luara está ao seu lado. Ela acena um sim e sua companheira volta a se sentar.

Ela seca os lábios e me encara. — Você está me dizendo que convidou seu ex-noivo para vir aqui? Nessa casa? — Aponta com o dedo na meaa. — Na toca do seu lobo? Perdeu o juízo, Rebecca? — Aurora está com os olhos arregalados.

Francis e o anjo infiel - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora