18 - Ele não precisa saber

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Como prometido, aqui está o capítulo. Espero que curtam bastante. Não se esqueçam de comentar suas partes preferidas e votar.

Quero saber o que estão achando da história. No mais, boa leitura. 🥵

Rebecca

Estou vendo os carros sumindo e sinto um vazio. Eu queria ir com ele, mas segundo o Francis era uma viagem longa e eu ainda preciso me recuperar totalmente.

Hoje amanheci sem dores. Estou cansada de ficar só deitada. Sem as danças, loja e as meninas pra preencher meu dia, me sinto perdida.

Volto para dentro da casa e ao meu lado a Luara. — Ele te deixou pra ficar de olho em mim, não foi?

— Bem, você o conhece melhor que eu, ele não queria um homem te protegendo, só estou fazendo o que ele mandou.

Ela parece uma soldado. Roupas preta, coturnos, cabelo num rabo de cavalo. — Dá pra relaxar um pouquinho, Luara.

— Eu sinto muito, mas não posso. Tenho que provar meu valor ao meu senhor.

— Mas acho que podemos tornar esse momento mais fácil para ambas. Vem, sente-se aqui. — Aponto o sofá em minha frente.

Ela olha em volta. Como se verificando o ambiente e finalmente se senta. - Tudo bem. O que deseja, senhora.

— Por Deus, me chame de Becca. — Ela faz uma careta e acena um não. — Ok, mas Rebecca. Sem essa de senhora. O ancião é o Francis e não eu. — Ela aperta os lábios para não sorrir.

Ficamos numa conversa truncada, quase um monólogo. Eu fazendo perguntas e ela apenas respondendo sim e não.

Ela é muito bonita. Lembra um pouquinho minhas irmãs. Cabelos longos e lisos, pele morena e diferente das meninas, os olhos são amendoados. A Aurora teve sorte. A verdade é que ambas tiveram, são mulheres lindas.

— Quando soube?

— O quê? Não entendi. — Ela se remexe no sofá.

— Que a Aurora era sua predestinada.

Os olhos dela brilham. — Assim que a vi. Não sabia como explicar, mas eu tive a certeza que eu morreria e mataria por ela.

— É comum casais gays nas matilhas? Digo de almas? Ou os deuses são meios homofóbicos?

— Não conheço muitos, de alma, nenhum.

— O Francis me explicou que você é uma fêmea alfa, acho meio antiquado, prefiro dizer, uma líder. Você tem a essência alfa dentro de você, por isso a encontrou.

— Sim. Eu ainda tenho medo. Terei que lutar pela liderança do meu povo, mas se meu senhor diz que posso vencer, não vou dizer o contrário.

Aos poucos ela foi se soltando. Luara tem uma beleza natural, acredito que nunca tenha usado maquiagem. Vamos conversando e o tempo foi passando. Ela sofreu horrores na vida. Além do estupro, queriam obriga-lá a se casar com um homem.

Mais tarde falo com Francis que não sabe quando exatamente consegue voltar.

— Eu tive uma ideia.

— Se não for algo que coloque sua segurança em risco, tudo bem.

— Estou com saudades de dançar. Já dançou alguma vez na vida, Luara?

— Não. Dançar não é exatamente o meu passatempo preferido.

Após ela tentar me persuadir a mudar de ideia, ligo para Haskia. — Você quer o que? Nem pensar. Eu não vou arriscar meu lindo pescoço nessa sua loucura. O Francis está territorialista e não pensará duas vezes antes de me mandar pro outro lado.

Francis e o anjo infiel - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora