Sede Pt2

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Continuação...





— E então, não vai falar nada? — perguntei enquanto encarava Bill.


— Até horas atrás você estava morta, eu te vi Amy. Você estava fria e pálida, como isso é possível? — deu um último trago em seu cigarro.

— Nada que perder muito sangue não resolva — sorri.

— Vai me ajudar? Por favor, Bill — choraminguei.

— Tudo bem, tudo por você e essa sua sede de vingança — se rendeu.

— Obrigadooo — me joguei em seus braços e o abracei forte, com um sorriso nos lábios que foi retribuído por outro.


[...]




— Certo, vamos começar com tiro ao alvo — se aproximou.


— Olhe para o alvo, imagine a loira oxigenada, segure firme a arma e atire — me entregou uma pistola.



Me posicionei corretamente, fechei os olhos, suspirei fundo. Minhas mãos estavam suadas, logo as lembranças de tudo o que aquela vadia fez comigo invadiram minha mente. Dei um sorriso ladino antes de abrir meus olhos, apertei o gatilho sem nem pensar duas vezes. Errei o alvo, mas não impediu que a adrenalina de segurar uma arma pela primeira vez invadisse meu corpo. Que sensação maravilhosa!



Conseguia ver perfeitamente o rosto da loira estampado no alvo.


— Vamos de novo — chamou minha atenção.


Apertei o gatilho de novo, dessa vez acertando. Abri um sorriso de vitória e me virei para Bill.


[...]



— Toma — colocou sacolas sobre a mesa.


— O que é isso? — olhei curiosa.

— Roupas novas. Tom pegou todas as suas e socou no quarto dele — suspirou.

— Como ele está? — Cruzei os braços, me escorando na bancada da cozinha.


— Mal. Ele não sai daquele quarto, tudo o que era seu ele tirou do seu antigo quarto e guardou no dele. Ele não deixa ninguém entrar, nem mesmo eu — disse enquanto acendia um cigarro.


Eu não respondi, apenas fiquei pensando sobre o quanto isso era errado, mas ao mesmo tempo necessário.

—Agora vai tomar banho, está toda suada. Eca —ele fez cara de nojo.


Bill havia comprado uma casa afastada da cidade para que pudéssemos usá-la para treinar até que eles e "eu"   mudassemos para o Canadá. Bill vinha todos os dias ver como estavam as coisas e se eu estava progredindo, e sim, estava melhor do que nunca. Eu me dedicava a essa porra como se precisasse disso. Peguei as sacolas em cima da mesa e fui para o meu quarto tomar um banho, passei a tarde toda esmurrando saco de boxe.





[...]



Nove meses depois.



—Não acha que está levando isso a sério demais? —adentrou o quarto gritando.


—Não —fui breve enquanto passava um gloss na boca.


—Amy, você quase matou aquele cara...—  suspirou a mais nova


Máfia/Tom Kaulitz [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora