Máfia/Tom Kaulitz [Hiatus]

Tom Kaulitz

TK~

—Porra, isso dói — Resmunguei.

—Para de se mexer, temos que te levar ao hospital, está perdendo muito sangue — Disse o gêmeo mais novo.

—Se eu morrer, cuida dela para mim.

—Você não vai morrer, Tom. Nascemos juntos, temos que morrer juntos, mas não precisa ser agora — Falou.

—Vamos a um hospital particular, assim não chamamos tanta atenção — assenti.

Bill me ajudou a levantar, me apoiei nele. Era quase impossível ficar de pé.

—Tom, consegue chegar até o carro?

—Tom?

Sua voz ia ficando abafada a cada segundo.

—Aguenta, estamos chegando.

Nos aproximamos do carro de Bill, ele abriu a porta de trás e me colocou deitado no banco. Eu estava fraco, aos poucos minhas pálpebras pesavam, o cansaço tomando conta de mim, a boca seca, porra.

—Tom, mantenha os olhos abertos — Gritou.

Confesso que estou me sentindo um merda por estar nessa situação. Meu peito doía ao ver ela desesperada por minha causa. Os gritos ainda ecoam em minha cabeça. Pela segunda vez, eu estava com medo, medo de perdê-la, medo de nunca mais vê-la, tocar seu corpo ou beijar seus lábios.

—Tom, por favor — choramingou.

Eu nem vi quando Bill saiu daquele muquifo de estacionamento, só vim perceber agora quando ele passou por um quebra-mola que por pouco não me atirou para fora do carro, me matando de vez. Bill mantinha seu olhar entre mim e a rua, seus olhos vermelhos de choro o entregaram, ele sabe que vou morrer.

—Está parecendo uma garotinha com esses olhos e ponta de nariz avermelhados — Falei com certa dificuldade.

—Cala a boca, isso não é hora de brincadeiras — Fungou.

—Não é brincadeira — Resmunguei.

Ele não disse nada, o carro ficou silencioso, só se ouvia o som do motor acelerando pela rua. Aos poucos, eu sentia a morte se aproximando.

—Me dá um cigarro—Pedi. Bill apenas me entregou sem dizer ou reclamar nada.

Ele sabe.

Peguei o cigarro de sua mão, colocando entre os dedos. Levei até minha boca, tragando em seguida. Devo morrer com pelo menos com minha dignidade de fumante.