24.

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Tara assistiu todas as suas aulas da faculdade, após finalizar tudo, foi direto cumprir o seu turno na livraria. Depois, iria para as aulas de teatro.

Definitivamente uma rotina um pouco cansativa, mas com o tempo, poderia virar um costume.

— Do que é esse livro? — Amber perguntou, passando pelas prateleiras.

Freeman resolveu dar uma força para Tara nesse meio tempo, ficando com ela no período de trabalho.

Os sete maridos de Evelyn Hugo. — Tara apontou para a capa. — Eu recomendo bastante.

— Então, você realmente entende sobre os livros, não é?

— Eu gosto de ler, principalmente livros com visibilidade para a nossa comunidade. — Tara ajeitou o crachá com seu nome, cravado em seu uniforme.

— Eu vou confiar no seu gosto e vou comprar, pode ser?

— Não — Tara negou. — É por minha conta, tá bom? É como um presente.

— Não, não precisa, é sério — Amber tirou a carteira do bolso. — Eu tenho dinheiro.

— Não estou falando que você é pobre — Tara riu fraco com isso. — Eu apenas quero te
presentear.

— Tá bom, tudo bem! — Amber finalmente aceitou.

— Ótimo! — Tara puxou o livro da prateleira, indo em direção ao balcão da livraria. — Por favor, leia mesmo!

— Eu vou ler, relaxa — Amber apoiou os braços no balcão, observando a Carpenter colocar o livro em uma sacolinha com o nome da livraria.

— Aliás, eu tive notícias da minha mãe — Tara deu um respiro fundo, deixando exposto que coisa boa não estava chegando.

— Aconteceu algo?

— Ela está tendo uma boa recuperação.

— Isso é maravilhoso, Tara! — Amber sorriu animada após ouvir a notícia.

Tara não mexeu um músculo, nem mesmo os seus lábios se curvaram em um sorriso fraco como comemoração.

— É sempre assim — Tara fixou seu olhar no piso da livraria. — Ela melhora e, quando volta, passa por diversas recaídas.

A animação e o sorriso de Amber evaporaram completamente, quase como se estivesse arrependida de ter ficado feliz por isso. — Eu sinto muito, amor. — Disse tristemente, passando pelo balcão e abraçando Tara.

— Eu estou bem, só é cansativo ela sempre tocar no assunto do meu pai. — Tara aproveitou o abraço e apoiou a cabeça no peito de Amber.

— Não é querendo ser invasiva, mas o que aconteceu com o pai de vocês?

— Oh, não. Ela consegue ter uma raiva absurda apenas do meu pai, isso não é loucura?

— Espera, você e Sam são de pais diferentes?

— Sim — Tara agarrou o corpo de Amber com mais força. — Posso te falar algo? Você precisa prometer que não vai espalhar isso.

— O que? — Amber beijou o topo da cabeça de Carpenter. — Eu prometo pela minha coleção de DVDs de facada!

— Certo — Tara gargalhou com a promessa feita por Freeman. — Samantha é filha do Billy Loomis.

Amber ficou sem reação, parecendo estar em completo choque. Seu rosto paralisado, sem raciocinar direito o que ouviu.

Tara olhou preocupada, mordendo o lábio totalmente inquieta.

— ISSO É SÉRIO?! — Amber deu um grito impulsivo, ecoando por toda a livraria.

delicate (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora