delicate (tamber)

11.

Amber acordou com os passos fortes de Tara pelo apartamento. Levantou da cama, notando que a Carpenter estava acordada por bastante tempo.

Abriu a porta do quarto, vendo ela passando para a sala e se sentando no sofá.

— Bom dia — Amber disse com a voz baixinha e rouca, ainda um pouco sonolenta.

— Bom dia — Tara sorriu, achando fofo o modo como Amber estava. — Você vai para o jogo de hoje?

— Se você for — Amber entrou no banheiro, deixando a porta aberta para continuar ouvindo.

— Eu não sabia que a minha presença era tão significativa! — Tara brincou, soltando um ar pelo nariz.

— Levando em conta que Liv vai ficar babando vendo Chad jogar e depois eles vão sumir para ficar se pegando ou sabe sei lá o que, Mindy e Anika cochichando e sendo grudentas uma com a outra, Wes vidrado nos jogadores, Quinn babando na Blake e a Blake quase beijando a Quinn.

Tara franziu a testa, reparando que tudo que Amber falou foi a mais pura verdade que ouviu em toda a sua vida.

— Eu definitivamente diria que sua presença é ilustre — Amber concluiu.

— Hum, eu concordo com você — Tara deu de ombros. — Mas me pareceu bem caótico o jeito que descreveu nossos amigos.

— Eu menti?

— Com toda a certeza não.

Tara colocou na televisão Jogos Vorazes, enquanto esperava o retorno de Amber quando saísse do banheiro.

— Eu lembrei que tenho que visitar a minha irmã hoje — Tara disse alto o suficiente para Freeman ouvir.

— Quer que eu vá com você?

— Não precisa, eu não vou demorar, eu acho. Vou sair de lá e ir direto para o jogo, eu te encontro nas arquibancadas.

— Eu vou ir ao hospital também, então eu te vejo lá.

Tara resolveu apenas terminar o filme para ir até a sua casa. Prestes a sair do apartamento, recebeu uma notícia extremamente boa.

Seu carro finalmente saiu do conserto, finalmente não precisaria mais de Blake como sua motorista particular.

Então, passou na loja primeiro, pegou o seu carro de volta e dirigiu para um canto mais distante de Woodsboro.

Estacionou em frente, assim que viu a casa com o jardim ainda cuidado com delicadeza. Respirou fundo antes de bater na porta, se preparando para receber qualquer notícia que fosse.

— Oi! — Sam apareceu, abraçando a sua irmã caçula. — Como você está?

— Eu estou bem, obrigada. — Tara entrou, limpando seus tênis no tapete de boas-vindas da casa. — E você?

— Estou indo, eu acho — Sam fechou a porta novamente quando Tara se acomodou no sofá. — Eu tive notícias dela.

— E quais foram?

— Ela está sendo mais agressiva que o normal, não queria estar na reabilitação e está meio difícil lidar com isso.

— Deveríamos falar com o meu pai.

— Tara, ele abandonou a nossa família por uma escolha! — Sam aumentou o tom de voz, se mantendo firme. — Meu pai está morto e o seu fugiu dos problemas que deveria ter enfrentado, só temos uma a outra!

— Eu sei disso, tá bom? Só não sei mais o que fazer para ajudar! — Tara deixou um suspiro pesado escapar da sua boca e descansou a cabeça nas mãos. — Ela é um caso perdido.