02.

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Amber
Freeman

Após o meu comentário, observei Tara se levantar e simplesmente sumir rapidamente pela faculdade.

Notei como nossos amigos ficaram sem graça, sem saber o que falar ou como puxar algum outro assunto.

— Você deveria ir atrás dela — Liv deu de ombros. — Isso é sua culpa.

— Primeiramente, eu não tenho culpa se ela me estressa e segundamente, eu não vou. — Disse, sem me importar.

— Engole esse orgulho, ela saiu por sua culpa, vai logo! — Wes insistiu.

Bufei em resposta, saindo da grama e indo para os corredores, batendo os meus pés.

Entrei em uma das salas, olhando para dentro e sem sinal algum de Tara. Fui à biblioteca, onde a Carpenter costuma ir bastante durante o dia.

— Tara? — Abri as portas da biblioteca.

— Shhh! — A senhora Mary, uma idosa que fica na recepção da biblioteca, me olhou irritada.

— Desculpa, Mary — Sorri desajeitada, olhando para os corredores da biblioteca, mas sem achar.

Estava passando, quando vejo no canto do olho uma garota baixa, o cabelo preso em um coque, alguns fios soltos encostando em suas bochechas e um livro em mãos.

Sorri travessa, dando a volta pelo corredor e chegando por trás dela. — Tara! — Falei alto, chamando a sua atenção.

Tara se assustou com o grito repentino e se virou, jogando o livro no meu rosto.

Puta merda!

— TARA! QUE PORRA É ESSA?! — Exclamei, com uma dor enorme em meu nariz.

— Porra, desculpa! — Tara pegou o livro do chão e botou em seu devido lugar novamente. — Você está bem?

— Ah, claro. Você quase quebrou o meu nariz, mas eu estou ótima. Obrigada por perguntar — Respondi irônica, colocando a mão em meu nariz.

— Que dramática, não é pra tanto.

Mary invadiu o corredor, olhando para nós duas com uma expressão no mínimo assustadora.

E no fim, fomos expulsas da biblioteca.

— Isso é culpa sua! — Disse para Tara.

— Não, isso é culpa sua. O que deu na sua cabeça que me assustar na biblioteca seria uma boa ideia?!

— É sua culpa!

— Não, sua!

— É sua!

Parei de discutir, quando senti uns pingos na minha mão. Arrastei o dedo pelo meu nariz, vendo o sangue.

— Porra, aí que merda! — Tara colocou a mão em meu ombro. — Vem, vamos voltar para o apartamento, não é nem quatro minutos de distância daqui, não venha com mais drama.

Não lutei contra, apenas andei com ela pela rua. Foi silencioso e desconfortável o caminho inteiro.

Quando chegamos, fomos direto para o quarto tentar resolver essa merda toda que rolou.

delicate (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora