Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pov Roseanne Manoban Park
Nunca mais tinha sentido essa sensação, a sensação de ver Lisa quebrada, de sentir o corpo dela tremendo enquanto chorava compulsivamente em meu colo.
Mostrando pra mim que não importava quanto tempo passa-se, aquele assunto sempre doeria dentro dela, como uma ferida esquecida que sempre quando tocavam ela doia novamente, Lisa não sabia explicar o motivo da crise, e eu não sabia dizer se a morte de seu pai mexeu com ela de alguma forma, eu não a julgaria em nenhum momento se fosse essa a razão, afinal, crescíamos com a ideia de que deveríamos amar nossos pais acima de qualquer coisa, e mesmo com uma vida conturbada seu pai fez parte de sua vida.
Eu tive muito trabalho para fazer com que ela dormisse, fiquei horas com ela em meu colo fazendo carinho em seu cabelo e tentando acalma-lá, não fechei os olhos até que ela dormisse, mesmo que meu corpo implorasse por um descanso, afinal sua massagem foi interrompida.
Lisa apagou depois de horas chorando, eu a arrumei na cama com todo cuidado do mundo, peguei uma toalha molhada e limpei o seu rosto, deixando ele livre dos fios do seu cabelo também, depois a abracei contra mim, desejando que toda dor dela sumisse quando abrisse os olhos de novo, porque ela não merecia nada disso, nós não merecíamos.
Em um dia tão feliz e importante para gente, ser atingidas por uma notícia como aquela acabou com toda nossa alegria.
[...]
Eu levantei cedo no dia seguinte, não conseguindo ficar na cama com os meus pensamentos acelerados, fui até a cozinha preparar um café da manhã e torci para que Lisa comesse, quando estava colocando a mesa encarei o saco de treino dela pendurado no teto.
Parei no mesmo instante percebendo que Lisa passou por uma crise, mas não quebrou nenhum espelho, não se machucou, nem fez nada impulsivo, uma notícia boa em meio a um caos tão grande, mais uma comprovação de que a mudança nela havia realmente acontecido, isso me trouxe um certo alívio, em meio a tristeza que estava sentindo.
Enquanto eu colocava as panquecas no prato ouvi um barulho vindo da sala, olhei de relance para o cômodo observando Lisa coçar os olhos ainda sonolenta, ela andou até a mesa arrastando a cadeira no chão.
Eu fui até ela colocando as panquecas no prato, me aproximei recebendo seus braços ao redor da minha cintura, Lisa pousou a cabeça em minha barriga, beijando ela em seguida.
— Bom dia meu amor. — Falei levantando seu rosto e depositando um selinho demorado em seus lábios.
Observei seus olhinhos vermelhos e inchados, meu coração se quebrou novamente.
— Como você está?. — Puxei uma cadeira e me sentei ao lado dela.
— Eu não sei dizer como eu me sinto. — Eu vi nos olhos perdidos de Lisa que ela falava a verdade. — Eu chorei como se sentisse de verdade o luto, a morte dele, mas isso não faz sentido. — Os olhos de Lisa se encheram de lágrimas novamente. — Não é justo eu me sentir assim.
