Capítulo 3.

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Pesadelos que atormentam

—Não foi culpa minha._ Ryujin sussurrava durante o sono, seu corpo estava suado, e seu rosto um pouco molhado por conta das lágrimas_ Não foi, não foi...

Quando ela finalmente acordou, tentou controlar sua respiração, não era a primeira e nem última vez que tinha esses pesadelos.

Era sempre a mesma cena, o mesmo sentimento, o passado sempre a atormentava.

Olhou para a cama ao lado, sua colega de quarto dormia tranquilamente.

O relógio marcava quatro e meia da manhã.

Ryujin se levantou da cama devagar indo até o corredor do dormitório, provavelmente não conseguiria dormir mais, estava assustada demais, então resolveu beber um copo d’água.

—Mas que-_ Se controlou para não xingar ali mesmo no meio do corredor, o bebedouro estava vazio, a cozinha era perto, mas era proibido andar na escola tão tarde da noite, e claro, teria um segurança rondando.

Tudo um breu, a única coisa que iluminava era a lanterna de seu celular. Já pensou porque estava fazendo isso tudo só por causa de um copo d’água, mas como já estava ali, não iria voltar.

Bebeu a água com pressa, não sabia quem poderia aparecer ali.

A luz do trovão passou pelo vidro, iluminando todo o refeitório. Ela conseguiu ver o guarda entrar ali, e teve a impressão de que ele a viu também.

Ryujin já estava preparando ser penalizada, mas alguém puxou sua mão para baixo, pedindo silêncio

—Quem está aí?_ A lanterna dele agora estava acesa.

Shin olhou para o lado e viu um garoto, ela teve a impressão de que já o viu antes, mas pouco importava agora.

Quando os passos foram cessando, ela se levantou do esconderijo.

—Quase fomos pegos._ Disse. Ryujin se manteve em silêncio, já estava quase saindo dali._ Não vai agradecer?

A garota virou a luz do celular para seu rosto, fazendo ele tampar rapidamente seus olhos por conta da claridade.

—Valeu._ Respondeu tão rápido que quase saiu embolado.

—Me chamo Beomgyu_ Ele ficou em sua frente antes que ela fosse embora_ Somos da mesma turma.

—Ah._ Não é como se ela ficasse reparando nas pessoas, então ela não se lembrava dele._ Entendi.

Beomgyu não planejava vê-la agora de madrugada, mas por acaso ele a encontrou na cozinha.

—Fui eu_ Tentou puxar assunto  com ela, era a primeira conversa deles._ Eu que te mandei uma carta.

—Você? Por que?

—Eu distrai o professor na aula, ele quase te acordou. Sabe como é_ Coçou a cabeça _Ele já foi acusado de assédio várias vezes, achei que ele poderia pegar no seu pé, ou sei lá...

—Eita._ Shin Ryujin ficou surpresa, então aquele  professor era realmente covarde como ela imaginava._Valeu. Mas, por que cartas? Você não tem celular?_ Era a maneira mais fácil de falar com ela.

—Tenho celular, mas não tenho o seu número_ Ele se encostou na bancada tentando fazer uma expressão legal, saiu mais como uma careta.

—Justo, enfim, já vou indo._ Apressou os passos até seu quarto. Conversar com pessoas ou qualquer coisa do tipo não era seu forte, não é atoa que sua única amiga era Yeji, que por "coincidência" era sua colega de quarto.

Enquanto isso, Beomgyu havia ficado preocupado, achou que havia assustado Shin Ryujin, mas ele não desistiria tão fácil.

Digamos que ele tinha uma queda por ela, seu colega de quarto Yeonjun diz que se parece mais um penhasco.

Conquistar uma garota que quase não falava e tinha poucos amigos, não seria tão fácil quanto ele imaginava.

O ᴛᴇᴍᴘᴏ ᴄᴏᴍ ᴠᴏᴄᴇ̂ | BᴇᴏᴍʀʏᴜOnde histórias criam vida. Descubra agora