RayRay

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Oie :)

Alerta de gatilho: tentativa de suicídio, uso de drogas e álcool.

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Boa leitura <3

(...)

Sand estava deitado sobre o sofá da sala. Seu tornozelo machucado descansava sobre o braço do sofá enquanto ele navegava pela Internet.

Já faziam algumas horas desde que foi deixado em casa, mas Nick ainda não havia chego, provavelmente estava trabalhando ou em algum encontro com Boston, porém, Sand queria que ele retornasse para casa o quanto antes.

Uma pequena agonia atiçava em seu coração. Ele passava repetidas vezes as mãos sobre o peito, esquentando a área numa tentativa de cessar o desconforto que parecia apenas aumentar.

Não conseguia entender o que era aquilo, e, porquê estava deixando-o tão inquieto. Era como se algo estivesse errado. Tinha a sensação de que algo terrível iria acontecer, mas, ele não compreendia ao certo o que deveria fazer com aquele pressentimento.

Podia ser apenas uma crise de ansiedade, ou, quem sabe, uma reação da grande quantidade de remédios que estava tendo que tomar.

Tentava distrair sua mente. Buscava focar-se completamente no celular, mas parecia impossível, porquê seu corpo alertava-o fazendo-o tremer e virar a cabeça à cada vez que tentava ignorar o sentimento agonizante.

Sua mente involuntariamente vagava para longe. Focava-se em Ray, e, apenas em Ray.

Ele parecia triste quando o deixou pela manhã. E parecia triste durante a madrugada também, e, mesmo vendo-o triste não conseguiu ser capaz de conforta-lo, mesmo que quisesse.

Estava se sentindo culpado por não tê-lo dado assistência, mas, tentava lembrar-se de que ele tinha um namorado que provavelmente estava fazendo isso por ele agora.

Mas, ainda assim, aquela imagem dos olhos inchados de Ray que marejavam e encaravam à si, não deixava sua mente.

Algo soava gritando, mas em silêncio, dentro de sua cabeça fazendo-a chiar.

"Volte para Ray" "Ele precisa de você"

As palavras se dispersavam por sua mente, mas, não havia uma voz. Não era seu pensamento. Era um silêncio compreensível, que, deixava-o cada vez mais em pânico.

O que aquilo significava? O que deveria fazer? Por que seu subconsciente pedia-o para ir até Ray? Por que Ray precisava de si?

Não fazia sentido, e, quanto mais tentava ignorar, mais a voz ecoava fazendo-o apertar os olhos e chacoalhar a cabeça numa tentativa de dissipa-la.

(...)

Ray estava sentado sobre o chão. Logo em frente à mesa de centro de sua sala.

Sobre ela, carreiras de cocaína que eram intensamente encaradas, ao lado, uma garrafa de whisky pela metade e uma carteira de cigarros já vazia.

O rapaz apertava os lábios tentando segurar as lágrimas que formavam-se sobre as bordas de seus olhos.

Em sua mão segurava uma nota enrolada que rodava entre seus dedos, balançando no ritmo de sua perna que tremia em nervoso.

Another me? (SandRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora