Luiza e Valentina se conhecem no momento mais difícil da vida delas. Cada uma em uma fase diferente da vida, e o que elas menos precisam é de pessoas ao redor dificultando esse momento. O que não acontece. O que será que o acaso reserva pro destino...
Fui até o banheiro na tentativa de me recompor daquele momento senão a Luiza não teria paz tão cedo. Nós estávamos exalando tesão, desejo, era só jogar a faísca que o fogo acendia na mesma hora.
Lavei as mãos joguei uma água no rosto. Quando voltei, a nossa comida já tinha chegado.
- Que delícia!
- Você ou o prato? - Ela falou com um leve sorriso safado.
- Hum, digamos que... Os dois e você.
- Valentina, Valentina...
- Vamos comer, vai!
A comida estava uma delícia como sempre, eu resolvi pedir um Mix de folhas com camarões grelhados e a Luiza optou por um Polvo Grelhado com algum tipo de acompanhamento. Ela estava visivelmente adorando a comida. De bebida, optamos por um vinho tinto suave.
- Nossa, que comida boa, Valen! Parece que foi feita na minha casa.
- Demais, né? A comida daqui é bem caseira, apesar de ter esse luxo.
- Você está linda, sabia?! - Meu rosto corou ao ouvir.
- Para com isso, Lu. Tô nada! - Falei sorrindo tímida.
- Está sim, vou até tirar uma foto. Posa pra mim!
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- Meu Deus, além de linda, está combinando comigo de branco.
- Linda é você, Luiza. Eu percebi isso mas não quis comentar para não parecer muito boiola.
- Ah, é? E você está?
Eu engoli seco e me assustei com a pergunta. Se no carro eu terminei assustando ela com a minha, agora foi a vez dela. Eu não sabia se poderia assumir que estava culminando algum sentimento por ela mas ela parecia querer então eu resolvi arriscar.
- E se eu dissesse que sim? - Olhei fixamente em seus olhos.
Percebi um sorriso largo em seu rosto, aquele que só ela tem.
- Eu diria que estou mais ainda.
Não esperava aquela resposta mesmo ela me dando sinais para isso, fiquei pensativa por alguns segundos e estava sorrindo tímida para ela, que percebeu. Ela estendeu sua mão e eu levei a minha por cima de dela, nós entrelaçamos nossos dedos e ela me olhava com carinho.
- Eu sei que você tem medo, sei que você é reservada, mas a gente precisava assumir isso, né?
- Isso o que... Exatamente?
- O nosso sentimento uma pela outra, Valen. Era meio que visível que era recíproco.
- É.. eu fico muito aliviada. Não achei que uma mulher como você gostaria de mim.
