48 - Alma lavada

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Valentina's Voice

O final de semana tinha sido revigorante entre nós duas. Após aproveitarmos bastante a companhia uma da outra e consequentemente do novo integrante da família, o Apollo, era hora de voltar pra casa. No dia seguinte, nós duas tínhamos que ir trabalhar então nos aprontamos e demos partida pra casa.

- Tu acredita que a Laís tá me mandando fofoca?

- Qual, amor? - Luiza perguntou curiosa enquanto mantinha sua atenção no trânsito.

- Ela falou que viu o Luiz e a sua tia Helena saindo pra um bar. - Eu segurava o riso.

- OI? - Luiza se espantou.

- Isso mesmo... parece que tá rolando, hein?!

- Meu Deus! - ela gargalhava - tia Helena mostrando que quem perde tempo é relógio. Eu amo aquela safada!

- Tu puxou a ela então né, vida?

Luiza me olhou com um sorrisão no rosto e era possível ver seus olhos brilharem mesmo com o óculos de sol que ela usava. Lembrar do nosso início, o quanto ela foi decidida era uma delícia. Nós estávamos muito nostálgicas e sonhando com o nosso casamento. Confesso que bem no fundo já me batia ansiedade de me ver casando com o amor da minha vida.

Chegamos em casa sendo recebidas pela Mona e pela animação do Fred até ver o Apollo no colo da Luiza e estranhar aquele novo serzinho. Os dois demoraram a se acostumar mas logo se entrosaram e brincaram a beça. Eu e Luiza contamos a Mona a novidade e fomos surpreendida com a reação dela.

- Eu não acredito! Minha menininha vai casar! - Ela colocava as mãos sobre a boca visivelmente surpresa e emocionada.

Nós envolvemos a Mona num abraço triplo e dançamos com a mesma em nossos braços. A relação dela com a Luiza era linda de se ver, de fato, ela tinha a Lu como uma filha e isso acalentava o meu coração de uma forma gigante.

Após guardar os itens das nossas malas, prometi a minha mãe que iria fazer uma visita pra ela. Luiza por sua vez, ficou estudando o caso que está tão focada no trabalho e me deixando cada vez mais orgulhosa.

Dia seguinte

Eu comecei a manhã com um ensaio fotográfico para uma psicóloga, tive ajuda da Gleice, minha funcionária e assistente. O estúdio não era tão grande mas tinha tudo que eu precisava para trabalhar ali, inclusive um retrato da minha musa inspiradora na parede: a minha noiva.

Por falar em noivado, a Eduarda e a Laís estão numa função de nos deixar mais ansiosas para o casamento. Estavam todos muitos felizes e animados com isso. Não queríamos fazer festa de noivado, apenas nos casar e viver a vida que tanto queríamos em um futuro muito próximo. Luiza tinha se tornado uma grande mulher, uma ótima profissional e uma pessoa incrível.

Ao terminar o trabalho da manhã, fui para o escritório que ficava ao lado da sala de fotos editar alguns materiais. Me peguei olhando alguns vestidos de noiva e desejando estar neles o mais breve possível. Casando finalmente com a mulher da minha vida.



Narrador

Luiza e Raí faziam uma dupla sensacional, o seu parceiro de trabalho era tão perspicaz quanto a morena. A investigadora estava em um caso onde uma família (pai, mãe e filho) apareceram repentinamente mortos em sua própria casa. A pergunta que pairava em sua cabeça era: Quem é por que matou os três?

A moça sentia seu pescoço completamente tensionado devido ao estresse do caso e tudo que mais queria era a sua noiva ali lhe aliviando. Soltou um sorriso espontâneo que logo foi percebido por Raí.

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