Itália é para os enamorados.

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Sozinho em seu apartamento, um sentimento diferente tomou conta do moreno ao que navegava pelas fotos da paisagem e da casa que havia encontrado na Internet para passar sua estadia em Verona.

O toque de seu celular o despertou, respirando fundo antes de atendê-lo e colocar um sorriso em seu rosto que até então se mostrava abatido.

— Oi.

— Oi, Cassie. Como você está?

— Igual à última vez que me perguntou, há cinco minutos. — ele respondeu doce para Gabriel, tentando mostrar em sua voz que estava realmente bem.

— É que eu estou preocupado com você. Decepção amorosa é horrível. — Cas ouviu um tilintar, talvez em uma taça, seguido por alguém despejando um líquido na mesma. — Está muito mal? Em uma escala de 1 à Adele?

— Eu vou ficar bem. — Castiel riu. — Sério.

— Pode me ligar quando quiser.

-— Eu vou. Te amo.

— Te amo mais! Tchau! — Gabe encerrou a ligação, soltando o celular e virando para o namorado. — Brandon terminou com ele, você me deve cinco dólares.

O dedo de Castiel permanecia no touchpad de seu notebook, a aba do House 'n Host aberta e duas opções ali o torturando.

Confirmar ou Cancelar.

Engolindo o nó em sua garganta, abriu outra aba pesquisando pelo Tradutor e digitando em italiano a frase que havia chamado sua atenção no perfil de Silvio.

L'amore trova una via.

O Amor acha um caminho.

Leu aquela frase pelo menos umas três vezes, as palavras de alguma forma trazendo a confiança necessária para apertar o botão e confirmar.

[...]

Pensamento positivo.

Enquanto observava vários aviões decolarem e os passageiros sortudos a caminho de seus respectivos destinos, pensamento positivo era o que o moreno tentava manter.

Olhou para a tela de avisos e as informações sobre o seu vôo permaneciam do mesmo jeito: Atrasado.

— Está tudo bem. — balançou a cabeça em um sinal de apoio para si mesmo, voltando aos bancos de espera do aeroporto.

Ele perdeu a conta de quanto tempo ficou sentado lá, mas quando foi notar já estava deitado nos bancos com sua almofada de pescoço e por algum motivo segurava a mão de um homem barbudo ao seu lado.

Atenção, a Amore Airlines está embarcando o vôo 816 para Verona.

— É o nosso! — ele demorou alguns segundos pra se situar de novo, ainda segurando a mão do desconhecido enquanto se levantavam e andavam apressados. — É o nosso!

Dentro do avião as coisas continuaram animadoras com o choro escandaloso de um bebê oferecendo a música ambiente perfeita para a viagem e seu assento sendo constantemente chutado por uma criança na parte de trás, o fazendo derrubar vinho em sua roupa branca.

Até mesmo um raio pareceu ter caído perto demais e com um grito Castiel agarrou o que estava mais próximo dele.

— Desculpe. — sorriu sem graça depois de soltar a coxa do mesmo homem barbudo que estava no banco de espera do aeroporto, e que provavelmente já estava o achando um psicopata.

Foi um vôo relaxante.

Assim que saíram do avião, Castiel se dirigiu a esteira de bagagens para pegar suas malas, ansioso pra retirar aquela roupa manchada de vinho.

Amor em Verona • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora