Viagem de Brandon & Castiel para Verona!

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Ao final da dança tentarei tocar sua mão, para assim purificar a minha. Meu coração amou até agora? Não, juram meus olhos. Até esta noite eu não conhecia a verdadeira beleza.

Com um suspiro apaixonado Castiel abraçou o livro de Shakespeare. Fechou seus olhos, se deixando mergulhar nos devaneios que aquela história o trazia, trazendo a si mesmo de volta apenas porque devia retornar sua atenção ao que estava fazendo.

— E é por isso que Romeu e Julieta é a história de amor mais romântica e trágica de todos os tempos. — ele suspirou novamente, realmente tocado. — Alguma pergunta? — com um sorriso enorme ele questionou para a classe em sua frente.

A pessoa mais velha ali deveria ter 9 anos. Quase todas as crianças descansavam o queixo em uma das mãos, formando uma careta de puro tédio.

Uma menina levantou sua mão, retirando o apoio do rosto.

— Sim, Cindy? —  Castiel se iluminou.

— Podemos alimentar a cobra?

O moreno riu, concordando. As crianças se levantaram ao mesmo tempo, indo apressadas ao canto da sala e se amontoando onde o mascote da sala ficava.

— Depois teremos o momento da leitura, certo? — Castiel avisou, rindo impressionado em como aquelas criancinhas estavam fissuradas em uma cobra.

Poucos minutos após terem terminado de alimentar o mascote, o sinal do intervalo tocou e todos se apressaram de novo saindo pela porta.

— Mais rápido. A vida é uma corrida! — Gabe os incentivou, acompanhando Castiel assim que o professor saiu da sala. — O que acharam de Romeu e Julieta?

— Aparentemente Shakespeare perde para uma cobra de estimação.

— Agradeço por tentar expandir a mente deles, mas se não tiver uma lagarta faminta na história, você está ferrado.

— As crianças queriam saber sobre as minhas férias, e eu não podia falar sobre Verona sem mencionar Romeu e Julieta. — ele explicou, seu tom de voz cada vez mais doce.

— Você não conseguiria pedir uma pizza sem mencionar Romeu e Julieta.

— O que posso dizer? Eu sou um fã.

— É, assim como Kathy Bates em Louca Obsessão era uma fã.

Os dois entraram em outra sala, Castiel de repente se apressando para ficar a frente dele.

— Falando em viagem, eu queria pedir um pequeno favor. — ele sorriu nervoso, servindo uma xícara de café da garrafa.

— Eu não vou levar Beatrice. — se adiantou.

— Não precisa levá-la.

— Ótimo, pois não mexo com cobras.

— Só preciso que a alimente. — o entregou a xícara, dizendo como se fosse algo simples.

O diretor arregalou os olhos, abrindo a boca.

— Alimentá-la?

— Sim.

— Com o quê?

— Um rato.

— NEM PENSAR! — Gabe fez uma careta de horror instantaneamente, uma mão se levantando pra dar ênfase.

— Está congelado! — ele rebateu, como se essa informação fosse ajudar.

— E como isso é melhor?

— Por favor. É só por uma semana. — juntou suas mãos em prece.

— Não sei...

— E depois, você sabe... — se virou pegando um cubo de açúcar, jogando-o na xícara. — Quem sabe levá-la pra casa, porque as vezes ela fica meio deprimida e...

Amor em Verona • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora