Na boca do lobo.

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O quê? — Castiel quase conseguiu ver a expressão de confusão que Gabriel fez depois de ouvir as novidades pelo telefone. — Estão compartilhando?

— Sim. Bem, não compartilhando totalmente. Sou eu quem dorme no sofá. Ele tem o dobro do meu tamanho. — Gabriel deixou o celular no viva-voz, respirando fundo e se preparando psicologicamente para ir até o refrigerador e pegar a refeição da cobra que não parava de rastejar pelo terrário, o assustando. — Ele ocupa metade da sala!

Oh, como ele é?

— Quem se importa?

Eu me importo? Estou alimentando um monstro com o Stewart Little, agradeço a distração. — Cas conseguiu ouvir o barulho do terrário sendo aberto e provavelmente Gabriel estava jogando o ratinho lá dentro. — É o círculo da vida. — tentou amenizar a situação, fazendo uma careta antes de fechar o terrário.

— Thor.

Desculpe, como é que é?

— É isso mesmo, ele parece o Thor.

Ele é um deus do trovão? Não parece tão ruim para mim.

— Acredite, não é tão bom quanto parece!

Nunca se sabe. Estão na Cidade do Amor. Podem acabar como Romeu e Julieta.

— Morte por suicídio mútuo? — Cas completou com a única possibilidade que passou em sua cabeça.

Isso acontece? — perguntou, chocado.

— Ele é a pessoa mais sarcástica e mesquinha que já conheci. Ele adora me ver infeliz. — ele desabafava, uma irritação crescente só de lembrar. — É como se ele me odiasse sem motivo.

Então dê um motivo.

— O quê?

— Dê a ele um motivo. — repetiu, óbvio. Continuou quando Castiel permaneceu em silêncio.— O que dizemos aos alunos do terceiro ano? "Sejam gentis e sempre compartilhem". E o que acontece se não fizerem?

— Você quer que eu o coloque de castigo?

— Quero que o mande para casa. — rebateu, lentamente.

— Como farei isso?

Não se ofenda, Cas, mas fazer os homens se mandarem é o que você faz.

— Me ofendi.

Você é um repelente de homem. Se formos acampar, vamos levá-lo em vez da vela de citronela, pode manter os rapazes longe...

— Entendi! Como? Como vou fazer isso?

Bem, todo mundo tem sua fraqueza. O calcanhar de Aquiles. O meu são abajures pretos. Só precisa descobrir o dele.

— Mal conheço o cara, como posso... — Cas reclamava já desanimado, até que parou, seus olhos brilhando e olhando um ponto fixo quando uma luz se acendeu em sua mente.

O que foi?

—  Nada. — ponderou por um momento. Não, ultrapassaria os limites.

Castiel.

— Não posso!

Pode, sim. Esqueça essa amabilidade de Minnesota! É como Michelle Obama disse: "Quando se rebaixam, pegamos uma pá."

— Acho que não foi bem isso...

Olhe, desde que te conheço, os homens só te magoam e te fazem sofrer. Chega de deixar os Brandon's e Dean's do mundo controlarem sua vida!

Amor em Verona • DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora